HOJE NO
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Calor começa a levar pessoas
às urgências
Os maiores hospitais do país estão a preparar-se para o aumento da afluência do Verão. E já se sente uma maior procura.
O calor que se fez sentir nas últimas semanas
aumentou o número de pessoas a recorrer às urgências de alguns pontos do
país. A tendência não é geral, mas os hospitais de S. João, no Porto, e
S. José, em Lisboa, registam já um ligeiro aumento de afluência. Para
os próximos dias está previsto um aumento das temperaturas no Centro e
no Sul do país. Os responsáveis reiteram as recomendações da
Direcção-Geral da Saúde: boa hidratação, evitar exercício ao sol e ter
cuidado em particular com as pessoas mais vulneráveis, idosos, crianças e
doentes crónicos.
O i fez uma ronda pelos maiores hospitais e estão todos a preparar-se
para o Verão, embora o impacto do calor não se sinta ainda em todo o
lado. No Norte, onde as temperaturas não têm estado tão elevadas, só
o S. João acusou um aumento de afluência, na casa dos 5%, passando de
436 doentes/dia no último mês para uma média de 456 doentes/dia nas nas
duas últimas semanas.
João Jaime, director do Serviço de Urgência Polivalente do CH
S.
João, explica que por isso houve também um aumento da demora para
observação, mas há um plano de contingência para temperaturas adversas
em vigor para assegurar que se mantém uma resposta adequada nas próximas
semanas. Já em Lisboa, o Centro Hospitalar Lisboa Central, que integra o
Hospital de S. José, dá conta de um aumento ligeiro na procura face aos
últimos meses.
Período de férias
Tendo em conta que se aproxima o
período de férias, a unidade admite recorrer nas próximas semanas em
situações muito pontuais à prestação de serviços de modo a assegurar as
escalas da urgência. João Jaime, do S. João, adianta que não há registo
das clássicas insolações, tendo havido apenas um caso de indisposição
devido a exercício físico excessivo debaixo do sol.
Nota-se também um aumento do número de casos de cólicas renais,
também associados ao efeito de calor, e daí ser aconselhável uma boa
hidratação dos doentes crónicos. Já o Centro Hospitalar de Lisboa
Central informa que os efeitos do calor se verificam sobretudo no
agravamento de doenças respiratórias crónicas, doenças cardiovasculares e
num aumento dos casos de desidratação em idosos.
Plano de contingência Em Santa Maria não se regista até ao momento
uma maior afluência às urgências. Fonte oficial informou contudo que o
plano de contingência está a ser posto em prática e que o hospital está
mais bem preparado que no passado para o Verão, com nova climatização e
filtros nas janelas.
No Amadora-Sintra, segundo o i apurou, o serviço de observação tem
estado cheio, mas esta tem sido a situação habitual nos últimos meses,
com apenas duas semanas de maior acalmia.
Já no Algarve, por agora, tudo calmo, e a procura até está abaixo do
normal, informou a unidade. No Centro Hospitalar do Algarve, os
atendimentos nas urgências chegam a duplicar no pico Verão. No ano
passado em Agosto registaram-se mais 70% de idas às urgências dos
hospitais de Faro e Portimão que na média dos primeiros meses do ano.
Portugal começou em 2004 a pôr em prática um plano de contingência
para as ondas de calor, em 2011 substituído pelo Plano de Contingência
para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Calor 2014.
Alertas
O plano é activado a 15 de Maio e
prolonga-se até 30 de Setembro com três níveis de alerta. Caso as
temperaturas excedam durante vários dias os valores que constituem
perigo para a saúde, há instruções para reforçar o acompanhamento de
idosos e outras pessoas institucionalizadas e assegurar a capacidade de
resposta das unidades de saúde. Os alertas podem ser acompanhados no
site da DGS e ontem a situação era normal para a época em todo o país.
Os dois últimos anos com piores registos são 2003 e 2010. Em 2003 uma
onda de calor que se prolongou em algumas zonas por mais de duas
semanas foi associada a 1953 mortes, sobretudo de idosos com mais de 75
anos.
Em 2010 houve um excesso de mortalidade durante o período de Verão de
1684 mortes. Já no ano passado, apesar de se terem registado duas ondas
de calor (pelo menos cinco dias consecutivos com temperaturas acima da
média), não houve mais mortes do que é habitual nesta altura do ano.
* TOME NOTA
Para além de ter muito cuidado com doenças cronicas toda a gente tem de beber muita água e dar especial atenção às PERNAS, se "incharem" recorra ao médico.
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