25/06/2015

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HOJE NO
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Calor começa a levar pessoas
 às urgências

Os maiores hospitais do país estão a preparar-se para o aumento da afluência do Verão. E já se sente uma maior procura.

O calor que se fez sentir nas últimas semanas aumentou o número de pessoas a recorrer às urgências de alguns pontos do país. A tendência não é geral, mas os hospitais de S. João, no Porto, e S. José, em Lisboa, registam já um ligeiro aumento de afluência. Para os próximos dias está previsto um aumento das temperaturas no Centro e no Sul do país. Os responsáveis reiteram as recomendações da Direcção-Geral da Saúde: boa hidratação, evitar exercício ao sol e ter cuidado em particular com as pessoas mais vulneráveis, idosos, crianças e doentes crónicos.

O i fez uma ronda pelos maiores hospitais e estão todos a preparar-se para o Verão, embora o impacto do calor não se sinta ainda em todo o lado. No Norte, onde as temperaturas não têm estado tão elevadas, só o S. João acusou um aumento de afluência, na casa dos 5%, passando de 436 doentes/dia no último mês para uma média de 456 doentes/dia nas nas duas últimas semanas.


João Jaime, director do Serviço de Urgência Polivalente do CH
S. João, explica que por isso houve também um aumento da demora para observação, mas há um plano de contingência para temperaturas adversas em vigor para assegurar que se mantém uma resposta adequada nas próximas semanas. Já em Lisboa, o Centro Hospitalar Lisboa Central, que integra o Hospital de S. José, dá conta de um aumento ligeiro na procura face aos últimos meses.

Período de férias  
Tendo em conta que se aproxima o período de férias, a unidade admite recorrer nas próximas semanas em situações muito pontuais à prestação de serviços de modo a assegurar as escalas da urgência. João Jaime, do S. João, adianta que não há registo das clássicas insolações, tendo havido apenas um caso de indisposição devido a exercício físico excessivo debaixo do sol.

Nota-se também um aumento do número de casos de cólicas renais, também associados ao efeito de calor, e daí ser aconselhável uma boa hidratação dos doentes crónicos. Já o Centro Hospitalar de Lisboa Central informa que os efeitos do calor se verificam sobretudo no agravamento de doenças respiratórias crónicas, doenças cardiovasculares e num aumento dos casos de desidratação em idosos.
Plano de contingência Em Santa Maria não se regista até ao momento uma maior afluência às urgências. Fonte oficial informou contudo que o plano de contingência está a ser posto em prática e que o hospital está mais bem preparado que no passado para o Verão, com nova climatização e filtros nas janelas.

No Amadora-Sintra, segundo o i apurou, o serviço de observação tem estado cheio, mas esta tem sido a situação habitual nos últimos meses, com apenas duas semanas de maior acalmia. 

Já no Algarve, por agora, tudo calmo, e a procura até está abaixo do normal, informou a unidade. No Centro Hospitalar do Algarve, os atendimentos nas urgências chegam a duplicar no pico Verão. No ano passado em Agosto registaram-se mais 70% de idas às urgências dos hospitais de Faro e Portimão que na média dos primeiros meses do ano.

Portugal começou em 2004 a pôr em prática um plano de contingência para as ondas de calor, em 2011 substituído pelo Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Calor 2014.

Alertas 
 O plano é activado a 15 de Maio e prolonga-se até 30 de Setembro com três níveis de alerta. Caso as temperaturas excedam durante vários dias os valores que constituem perigo para a saúde, há instruções para reforçar o acompanhamento de idosos e outras pessoas institucionalizadas e assegurar a capacidade de resposta das unidades de saúde. Os alertas podem ser acompanhados no site da DGS e ontem a situação era normal para a época em todo o país.

Os dois últimos anos com piores registos são 2003 e 2010. Em 2003 uma onda de calor que se prolongou em algumas zonas por mais de duas semanas foi associada a 1953 mortes, sobretudo de idosos com mais de 75 anos.

Em 2010 houve um excesso de mortalidade durante o período de Verão de 1684 mortes. Já no ano passado, apesar de se terem registado duas ondas de calor (pelo menos cinco dias consecutivos com temperaturas acima da média), não houve mais mortes do que é habitual nesta altura do ano. 

* TOME NOTA
Para além de ter muito cuidado com doenças cronicas toda a gente tem de beber muita água e dar especial atenção às PERNAS, se "incharem" recorra ao  médico.


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