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HOJE NO
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Dívida da Madeira.
Núcleo de Jardim não quer Carlos Alexandre a julgar o processo
Dirigentes do PND pediram abertura de instrução.
Arguidos alegam ter de ser juiz da Madeira a decidir se caso vai ou não
para julgamento.
O processo que investiga a dívida oculta da Madeira
está num impasse praticamente desde Janeiro, tudo porque os cinco
arguidos do processo, do núcleo duro de Alberto João Jardim, estão a
tentar afastar o juiz Carlos Alexandre da fase de instrução do processo,
argumentando que quem deve decidir se há fundamentos para levar o caso a
julgamento é um juiz da ilha da Madeira e não o juiz do Tribunal
Central de Instrução Criminal (TCIC).
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Carlos Alexandre, ao que o i averiguou, já disse ser competente para
liderar a fase de instrução do processo investigado pelo Departamento
Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Cabe agora ao Tribunal da
Relação de Lisboa decidir quem é, afinal, o tribunal competente.
O caso, que nasceu em 2011 e fez cinco arguidos – entre os quais Ventura
Garcês, secretário do Plano e Finanças, e Luís Santos Costa,
ex-secretário-regional do Equipamento Social –, foi arquivado em
Outubro.
O DCIAP concluiu não ter sido possível reunir indícios suficientes para
acusar os titulares de cargos políticos responsáveis pelos orçamentos
regionais no período entre 2003 e 2010 – intervalo em que terão sido
escondidas as verdadeiras contas da Madeira. Em causa estavam suspeitas
de prevaricação, violação das regras de execução orçamental e
falsificação, mas o DCIAP concluiu “não estarem preenchidos todos os
requisitos” para deduzir uma acusação por esses crimes.
Os assistentes do processo – Baltazar Aguiar, Gil Canha e Hélder
Spínola, dirigentes regionais do PND – não se conformaram com a decisão
de arquivamento e pediram a abertura de instrução do processo para
evitar que o caso termine sem julgamento.
Os dirigentes alegam haver prova suficiente para deduzir acusação e
pedem ainda a constituição de novos arguidos, entre eles Alberto João
Jardim, que classificam de “verdadeiro autor moral” de contas
“falsificadas” que deram origem à dívida oculta da Madeira. De acordo
com a investigação, o seu montante cifrava-se já em 1,6 mil milhões de
euros.
No processo foram ainda constituídos arguidos outros elementos do
executivo madeirense: a directora do Gabinete de Gestão e Controlo
Orçamental, Amélia Gonçalves, a directora de Serviços do Orçamento e
Conta, Dulce Feliciana Veloza, e o director de Orçamento e
Contabilidade, Ricardo Gouveia Rodrigues.
O inquérito, conduzido pela procuradora Auristela Pereira, concluiu
terem sido executadas obras sem que para as quais estivesse prevista
qualquer dotação orçamental, ou sem que para as quais estivesse previsto
orçamento suficiente, razão pela qual, muitas vezes, não terão sido
pagas.
Luís Santos Costa e Ventura Garcês são apontados como os responsáveis
por um conjunto de obras públicas que saberiam poder “gerar uma situação
de insustentabilidade orçamental”. De acordo com o despacho final de
encerramento do inquérito, terão criado “a aparência” de que o orçamento
estaria equilibrado, sobreavaliando a receita.
A operação, que ficou conhecida como “Cuba Livre”, deu origem a buscas
nas instalações da Secretaria Regional do Equipamento Social da Madeira,
no Funchal, e à audição de 50 testemunhas.
* Será que o núcleo duro do sr. Alberto estará a insinuar que os juízes da Madeira são bonzinhos?
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