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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Lusófona tem até dia 8 para anular 152
. atribuições irregulares de créditos
O Ministério da
Educação deu à Universidade Lusófona (ULHT) um prazo até dia 8 para
corrigir 152 processos relacionados com atribuições irregulares de
créditos, depois de a instituição ter informado que anulara apenas 75
desses processos.
Inicialmente, segundo um comunicado hoje
divulgado pelo Ministério, foram dados 60 dias para a correção da
totalidade de processos. A ordem do Governo foi dada em dezembro e
segundo ela, diz-se no comunicado, a Universidade tinha de promover "a
instrução de novos procedimentos de creditação de acordo com a
legislação em vigor".
.
"No mesmo prazo, e depois de ouvidos os
interessados, deve também a ULHT declarar, em 152 processos, a nulidade
dos atos de creditação e proceder à cassação de diplomas e certificados
que tenham sido atribuídos, sob pena de ser participada a invalidade
desses atos ao Ministério Público", esclarece o comunicado, explicando
que findo o prazo a resposta da Universidade foi a de que 75 processos
tinham sido invalidados e que os restantes "aguardavam o esclarecimento
de dúvidas".
A notícia foi hoje avançada pelo jornal Expresso com o título "Consequências do caso Relvas: Lusófona tem de anular 152 diplomas e certificados",
na qual se diz que a continuação do funcionamento da Lusófona está em
causa se não der seguimento às ordens do Ministério para anular diplomas
e certificados atribuídos com base em processos de creditação de
competências irregulares, entre 2006 e 2013.
O "caso Relvas" está
relacionado com a suposta obtenção irregular de alguns créditos na
licenciatura do antigo ministro José Relvas (atribuição de créditos
universitários com base em experiência profissional).
Na nota de
esclarecimento o Ministério lembra que em 2012 a ULHT foi advertida de
que deveria de reanalisar todos os processos de creditação de
competências profissionais, instruídos e decididos entre 2006 e 2012, "e
retirar dessa análise todas as consequências legalmente devidas,
incluindo, quando fosse o caso, a declaração de nulidade dos atos de
certificação dos graus atribuídos".
Uma advertência decorrente de
uma inspeção anterior da Inspeção-Geral do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior aos procedimentos de creditação da
Universidade que concluiu que as recomendações não eram cumpridas.
Em
abril de 2013, diz-se ainda no comunicado, foi feita uma "complexa ação
inspetiva" que incluiu 425 creditações (equivalências por experiência
profissional ou outra formação) e nalguns casos foram identificadas
"ilegalidades especialmente graves que têm como consequência a nulidade
desses atos", pelo que foi pedido, já no ano passado, um parecer
jurídico sobre essa invalidade.
Em dezembro passado foi dada ordem
à Universidade para anular 152 processos, ficando dependente dessa ação
o reconhecimento do interesse público da ULHT, o que significa que em
último caso a Universidade pode perder a licença para funcionar.
Face
ao não cumprimento, a Universidade, por despacho do secretário de
Estado do Ensino Superior de 24 de março, tem 15 dias para "cumprimento
integral" do que lhe tinha sido comunicado a 16 de dezembro.
* VAI ESTUDAR RELVAS!
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