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"OBSERVADOR"
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À atenção da Google:
escritórios abertos não significam
mais produtividade
A moda dos escritórios abertos está a crescer depois dos exemplos da Google e do Facebook. Mas já há quem se queixe das distrações, que resultam numa diminuição da performance dos trabalhadores.
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Qualquer patrão deseja que os funcionários sejam produtivos. Todas as
semanas são publicados novos estudos e artigos sobre como aumentar a
produtividade. Por isso, empresas como a Google, Yahoo, eBay e Facebook
estão a adotar um novo modelo de escritório aberto. Substituem-se os
gabinetes pessoais por grandes salas e as secretárias por mesas
compridas, normalmente com vários computadores lado a lado. Sinal de
transparência, dizem.
Mas será que esta nova forma de organização aumenta, de facto, a produtividade? Lindsey Kaufman, num artigo publicado no The Washington Post, garante que não.
Kaufman trabalha numa agência de publicidade em Nova Iorque (EUA) e viu-lhe ser retirado o direito a um escritório pessoal, passando a ocupar uma dessas mesas largas numa salão cheio de trabalhadores. Desde então, a autora reduziu significativamente a sua eficiência no trabalho, graças à redução de privacidade e às constantes distrações.
Para a autora, esta tendência dos escritórios abertos apenas “permite maximizar o espaço da empresa, minimizando os custos”. Além disso, “os patrões gostam de poder estar atentos aos seus funcionários”, evitando acessos excessivos a redes sociais e outras atividades não relacionadas com o trabalho.
Escritórios abertos criam uma falsa sensação de produtividade que, ainda segundo Kaufman, é comprovada por este estudo, publicado em 2013: grandes partes das pessoas que trabalham em escritórios abertos sentem-se frustradas pelas distrações constantes, resultando numa redução da sua performance.
Ainda assim, o problema tem solução. Para Kaufman, a criação de espaços mais privados nos escritórios abertos poderia resolver o problema, desde que não sejam as tradicionais salas em vidro, normalmente usadas em reuniões. Ou, em contrapartida, os patrões poderiam autorizar os funcionários a trabalhar a partir de casa, um modelo de trabalho que se tem revelado mais eficaz.
* Open space close the mind.
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