HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Ministério Público acusa 12 arguidos de corrupção em obras do Ministério da Administração Interna
O ex-director-geral de Infra-estruturas e
Equipamentos do Ministério da Administração Interna (MAI) é um dos
acusados pelo Ministério Público de corrupção. Segundo a acusação, o
Estado foi lesado em 909 mil euros.
João Alberto Correia foi detido em
Abril de 2014 por indícios de corrupção e participação económica em
negócio. Ficou em prisão preventiva e agora foi acusado pelo Ministério
Público. O ex-director-geral de Infra-estruturas e Equipamentos do
Ministério da Administração Interna (MAI) e mais onze arguidos. São
todos acusados.
.
De acordo com o comunicado da Procuradoria-Geral da República, que
confirma a notícia avançada durante a tarde pelo DN, "aos arguidos foram
imputados, na acusação, vários crimes de corrupção activa e passiva,
participação económica em negócio, branqueamento, abuso de poder e
falsificação de documento".
João Alberto Correia, que estava em prisão preventiva, vai agora
aguardar julgamento em prisão domiciliária, com vigilância electrónica.
Segundo o Ministério Público, "ficou indiciado que os arguidos
actuaram concertadamente no sentido de beneficiar determinados
empresários, mediante a adjudicação de contratos públicos em violação
das normas da contratação pública e em prejuízo do princípio da livre
concorrência".
O Ministério Público acrescenta mesmo que os prejuízos financeiros
para o Estado poderão ser superiores a 909,6 mil euros, já que "os
valores cobrados foram intencionalmente inflaccionados de modo a
permitir a obtenção de mais-valias indevidas para os arguidos, incluindo
o ex-Director-Geral da Direcção Geral de Infra-estruturas e
Equipamentos". Além da acusação, já foi feito o pedido de indemnização
para reparação de prejuízos ao Estado.
A detenção de João Alberto Correia ocorreu, em Abril de 2014, depois
de buscas à Direcção-geral de Infra-estruturas e Equipamentos do MAI,
que gere o património imobiliário do ministério e executa as obras
necessárias. Foi recolhida, segundo o comunicado agora emitido, "grande
quantidade de documentos", tendo também sido inquiridas "cerca de sete
dezenas de testemunhas".
Na altura da detenção, o MAI informou que o então ministro Miguel
Macedo (que pediu a demissão na sequência do caso dos vistos Gold)
enviou para o Ministério Público factos "com eventual relevância
criminal" relacionados com a auditoria realizada pela inspecção-geral.
João Alberto Correia já não estava na direcção-geral, uma vez que se
tinha demitido em Fevereiro, depois de ter transitado do Governo de José
Sócrates. Foi exonerado a seu pedido, explicando, então, a saída por
divergências políticas com Fernando Alexandre. No entanto, o Negócios,
nessa ocasião, avançou que a saída tinha sido precipitada por recaírem sobre o arquitecto várias suspeitas, nomeadamente de abuso de ajustes directos.
* Já existem efectivos suficientes para se constituir o Clube dos Vigários da Administração Pública, mais nomes irão surgir, é preciso ter calma.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário