HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Explore o céu com drones e
aprenda a ganhar milhões
Nos últimos anos, os drones passaram de
simples brinquedos para se tornarem negócios com grande potencial. Até
há quem garanta que o fenómeno ainda nem aterrou. Uma coisa é certa as
vendas destes equipamentos tem aumentado, tanto a nível empresarial como
para o consumidor final, e promete gerar milhões de receitas já este
ano.
Procurados por militares, forças de segurança,
multinacionais ou simples curiosos, nos últimos anos os drones ou
Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) passaram de arma de guerra a
ferramenta de negócio ou brinquedo. Muitos compram-nos apenas para
diversão, como se se tratasse de um brinquedo, mas já há quem os veja
como uma fonte de receita. Actualmente, já são usados em filmes e na
fotografia, mas também há quem os procure como ferramentas de controlo
de multidões, na vigilância de fronteiras ou na medição de campos
agrícolas.
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Em Portugal, embora ainda sejam pouco conhecidos, já
saltaram da ficção científica para a realidade. Além dos entusiastas
anónimos, há empresas cuja actividade consiste em fabricar drones e
outras que simplesmente os usam para vender serviços através da recolha
de dados. Mas este é um mundo ainda desconhecido e ainda existem muitos
negócios que podem vir a ser explorados através dos drones. Porém, saiba
que para tal deverá começar por criar uma empresa.
"Neste
momento, e tendo em conta a ausência de legislação, não é possível a um
particular criar um negócio utilizando este tipo de equipamentos",
refere Ricardo Mendes, administrador da Tekever, empresa portuguesa que
fabrica drones.
E existe já quem se aventurou nesta área de
negócio. A SkyEye surgiu em 2012, tem hoje, oito colaboradores e
especializou-se em fornecer serviços através de robots voadores.
"Teoricamente um particular quando compra um drone tem como objectivo
principal a sua utilização como ‘hobby' e não como profissional. Esta
evolução pode vir a ocorrer mais tarde, tal como quem compra uma máquina
fotográfica poderá vir a vender serviços de cobertura de eventos",
explica David Mota, sócio-gerente da SkyEye.
No início, os
principais clientes da SkyEye foram produtoras, agências de publicidade e
televisões que precisavam de imagens aéreas para anúncios, vídeos
promocionais, reportagens e documentários. Durante o ano passado, o
mercado alastrou-se e foram criadas aplicações que permitiram através de
drones fazer a inspecção de infra-estruturas (pontes, turbinas eólicas,
linhas eléctricas), o levantamento de imagens verticais para fins
fotogramétricos e imagens de apoio à agricultura e à floresta para
analisar danos provocados por inundações ou incêndios.
Mas este é
um mundo ainda para descobrir e todos os dias surgem novas ideias de
como rentabilizar um drone. Mais recentemente, "a SkyEye tem sido
solicitada para promover campanhas de activação de marcas junto dos
consumidores. Estas campanhas podem passar pelo transporte de telas com
mensagens ou pela distribuição de brindes", salienta David Mota. A longo
prazo, prevê-se também que estes equipamentos possam ser utilizados
para o transporte de mercadorias de peso ligeiro, tal como foi já
anunciado por marcas com a Amazon e a DHL.
Se está a pensar
rentabilizar o seu drone, saiba que primeiro deverá aprender a
manobrá-lo de forma eficaz. Para isso, a SkyEye e a Restart vão lançar o
primeiro curso básico de operação de drones civis em Portugal.
* Mais um equipamento para violar a privacidade de cada um.
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