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"CORREIO DA MANHÃ"
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Desviam fortuna de banco
Usaram empresas falidas e toxicodependentes para pedir créditos de um milhão.
Com recurso a empresas falidas e a toxicodependentes, um desempregado de Santa Maria da Feira montou um esquema criminoso que rendeu mais de um milhão de euros. Contou com a ajuda do gerente do Montepio de Santa Maria da Feira, de uma promotora de empréstimos e de um ex-advogado.
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Segundo a investigação, em cinco anos, contraíram vários empréstimos em nome de empresas que não tinham atividade ou nem sequer existiam. O banco não tinha assim forma de cobrar a fortuna que emprestou.
Os quatro arguidos – que têm entre os 42 e os 65 anos – foram ontem detidos pela PJ do Porto. Foi o Montepio que denunciou. A PJ apreendeu ao desempregado – considerado o cabecilha da rede – 11 carros de coleção e topo de gama.
Tinha em sua posse um Bentley, um Aston Martin, dois Porsche e um Jaguar. As restantes viaturas são das marcas Audi e Mercedes. Só os carros valem um milhão de euros, pelo que a Judiciária admite que o valor desta burla seja muito superior.
De acordo com a investigação, o grupo começou a atuar em 2010 e estava dividido por funções. O desempregado arranjava as empresas falidas e os toxicodependentes dispostos a constituir sociedades fictícias. Muitas eram criadas na hora.
Depois cabia ao ex-advogado dar uma aparência real às empresas: fazia contratos de trabalho e forjava contabilidade. Esta falsa atividade permitia à promotora de empréstimos – que trabalhava com o Montepio – tratar dos créditos.
Depois, o gerente autorizava os empréstimos. O grupo foi ontem presente ao Tribunal de Santa Maria da Feira.
* A táctica é muito semlhante à do GES, que por sua vez se inspirou no Lehman Brothers.
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