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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Marisa Matias eleita vice-presidente
da comissão do PE para
práticas fiscais agressivas
A
comissão terá um mandato de seis meses e integra mais dois
eurodeputados portugueses: Elisa Ferreira (PS) e Miguel Viegas (PCP).
A
eurodeputada Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, foi hoje eleita
vice-presidente da comissão especial do Parlamento Europeu recentemente
criada para averiguar as chamadas "práticas fiscais agressivas" nos
Estados-membros, e que integra mais dois eurodeputados portugueses.
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Na
sessão constituinte da comissão especial, que teve hoje lugar em
Bruxelas, o francês Alain Lamassoure, do Partido Popular Europeu (a
maior família política da assembleia) foi eleito presidente da comissão,
tendo sido escolhidos três vice-presidentes: Marisa Matias, o alemão
Bernd Lucke e a francesa Eva Joly.
Os relatores, responsáveis pela
elaboração dos relatórios que a comissão produzirá com base nas suas
averiguações, serão designados a 09 de março.
"Temos uma missão
importante. Necessitamos de resultados, e necessitamos deles
rapidamente", declarou Lamassoure após ser eleito presidente da
comissão.
A 12 de fevereiro, o Parlamento Europeu aprovou a
criação de uma comissão especial para averiguar as chamadas práticas
fiscais agressivas de Estados-membros que beneficiam multinacionais,
composta por 45 eurodeputados, incluindo três portugueses: Marisa Matias
e ainda Elisa Ferreira (PS) e Miguel Viegas (PCP).
A comissão
terá um mandato de seis meses, que poderá ser prolongado para analisar
os "tax rullings", como são conhecidos os acordos fiscais confidenciais
que permitem que as empresas negoceiem um tratamento fiscal vantajoso
com um Estado-membro, sendo o caso do Luxemburgo, conhecido como
'Luxleaks', o mais mediático.
Inicialmente, a ideia -- avançada
por 192 eurodeputados -- era criar uma comissão de inquérito, mas depois
de uma opinião desfavorável do serviço jurídico do Parlamento Europeu,
que considera que o mandato proposto para uma comissão de inquérito não
seria compatível com o Tratado sobre o Funcionamento da UE nem com o
Regimento do Parlamento Europeu, foi decidido então criar antes uma
comissão especial.
* Aconselhamos Portugal como laboratório priveligiado da trafulhice.
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