09/01/2015

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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"

"Dia mau" para os Açores, mas 
Governos fizeram o que podiam

O professor de Relações Internacionais Miguel Monjardino disse que hoje é um "dia mau" para os Açores, mas sublinhou que os Governos da República e Regional fizeram o que podiam para evitar a redução de pessoal nas Lajes, anunciada pelos Estados Unidos.
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“Esta diminuição levanta dúvidas sobre que relação é que os Açores têm com a América, e que papel é que os Açores desempenham hoje em dia na relação entre Portugal e os EUA. Sob esse ponto de vista, parece-me que é claramente um dia mau para os Açores, porque põe em causa muita coisa que foi dada como garantida nas últimas décadas”, afirmou o especialista em defesa, em declarações à agência Lusa.

Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram hoje uma redução gradual, ao longo deste ano, de 900 para 400 trabalhadores portugueses da Base das Lajes, na ilha Terceira, enquanto os civis e militares norte-americanos vão passar de 650 para 165.

Miguel Monjardino sustenta que a reorganização de toda a infraestrutura militar dos EUA na Europa, que inclui a redução de efetivos na Base das Lajes, assentou em duas razões.

“A recusa sistemática do Congresso em aceitar os pedidos do departamento de defesa em reduzir ou fechar bases no território norte-americano, sem que isso fosse feito primeiro em bases europeias usadas pelos EUA. E a necessidade que o departamento de defesa norte-americano tem de poupar recursos e dinheiro por questões de política interna”, explicou.

O especialista em defesa acredita que os Governos da República e Regional fizeram o que estava ao seu alcance para tentar evitar este desfecho.

“Tenho dúvidas que fosse possível, quer ao Governo Regional, quer ao Governo Português [da República] fazer muito mais do que aquilo que foi feito”, frisou o professor, acrescentando que os contactos feitos ao longo do processo podem vir a dar frutos no futuro.

A importância estratégica da Base das Lajes “flutuou ao longo da história” e a realidade atual é muito diferente da do passado.

“O [Oceano] Atlântico de hoje é muito diferente do Atlântico que deu origem a esta base. É evidente que isso diminui do ponto de vista norte-americano a importância que a base tem. Mas é também importante perceber que os americanos não vão sair completamente da base e, se houver necessidade, poderão reativar o seu uso a um nível mais elevado”, sublinhou Miguel Monjardino.

Sobre as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que avisara que as relações entre Portugal e os Estados Unidos poderiam ser prejudicadas em caso de um desfecho negativo sobre a utilização da Base das Lajes, o especialista considera-as como um “sinal de desagrado” por parte de Lisboa.

“O relacionamento [entre os dois países] será mantido, há desagrado pela parte portuguesa, e temos de pensar na melhor maneira de manter este relacionamento, como é que isto vai ser feito, e como é que eventualmente será possível atrair para os Açores novas iniciativas que gerem riqueza e prosperidade nas ilhas”, concluiu Miguel Monjardino.

*Não concordamos com o prof. Monjardino quando afirma terem os governos Central e Regional feito tudo para impedir esta redução de pessoal na Base das Lajes.
Desde o tempo de Ronald Reagan, vão mais de trinta anos, havia conversas sobre a necessidade de diminuir os efectivos quer americanos quer portugueses. Com mais ou menos diplomacia as autoridades portuguesas conseguiram diferir no tempo uma decisão mais drástica. Foi a pior solução, houve tempo suficiente para ter sido feito investimento na Terceira de modo a criar postos de trabalho em empresas nacionais, em vez de se continuar na preguiça de mamar na teta americana. 
Já o dissemos o portuguesinho governante é tacanho e o portuguesinho "zé povinho" é laxista, as autoridades americanas estão a cagar-se para ambos e as declarações do sr. ministro dos Negócios Estrangeiros são arrotos cujo som não chega à Casa Branca. Nos EUA ninguém esquece a sua incompetente gestão enquanto presidente da Fundação Luso-Americana.

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