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Paulo Portas:
Descida do juro a 10 anos foi desprezada,
quociente familiar fica para a história
O presidente do CDS criticou na sexta-feira à noite o “desprezo” da
oposição quanto à importância da descida da taxa de juros da dívida
portuguesa e ao valor “histórico” da introdução do quociente familiar no
sistema fiscal nacional.
Foram esses os destaques da intervenção de Paulo Portas em Vale de
Cambra, num jantar comemorativo dos 40 anos do partido e do primeiro ano
de mandato autárquico do CDS local.
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“Não deixa de me impressionar este ponto: Portugal foi capaz, na
última semana, de se financiar a 30 anos a um preço muito razoável, mas
algumas pessoas desprezaram esse facto”, afirma o líder popular.
“É curioso. Há três anos e meio a troika não nos emprestava dinheiro
nem a três semanas; agora que o conseguimos a 30 anos, as pessoas que
provocaram o problema negam a importância de todos, como um povo, o
termos conseguido superar”, realça.
No mesmo sentido, Paulo Portas recorda que a taxa de juros a 10 anos
chegou a situar-se nos 15% e está hoje nos “2,5 ou 2,6 %”, o que
representa “um grande caminho percorrido e a capacidade de o país se
financiar”.
Para o também vice-primeiro-ministro de Portugal, outro facto
criticável no PS foi a sua posição contra a introdução do quociente
familiar no sistema fiscal nacional.
“Um dia que vai ficar na memória do futuro é aquele em que passámos a
ter em Portugal o chamado quociente familiar – ou seja, em que o IRS a
pagar por uma família conta com o número de filhos que há em cada
agregado e com o número de ascendentes que essa família tem a cargo”,
explica.
“[Essa mudança] Não prejudica nenhuma família sem filhos, é
especialmente significativa no 1.º, 2.º e 3.º escalões do IRS – onde
está o grosso da sociedade portuguesa – e as famílias monoparentais
também não são prejudicadas – até têm a sua situação fiscal majorada em
termos de benefícios”, observa.
Paulo Portas nota que essa medida “ajuda 1,8 milhões de contribuintes
que têm filhos e mais despesas”, realça que nos países onde foi
instituída “veio para ficar” e considera por isso “estranho” o facto de
que “o PS foi o único partido a votar contra o quociente familiar, só
para ser do contra”.
Insistindo que 2014 foi um ano de crescimento e que essa tendência
deverá prolongar-se em 2015, “salvo circunstâncias internacionais de que
ninguém está livre”, o líder do CDS-PP remata que o quociente familiar
terá a devida influência ao nível da economia.
“O sistema fiscal é muito importante na decisão dos investidores
porque, se for muito alto, eles dizem: ‘Ok, Portugal é um país bonito,
mas vou investir noutro onde os impostos sejam mais baixos”, explica.
“Ora a nossa função não é contribuir para a riqueza dos outros; se nós
não atrairmos investimento para cá, alguém o vai atrair para o seu
próprio país”, conclui.
* O sr. dr. Paulo Portas é o ministro das esperanças mortas, acumula com o cargo de vice primeiro-ministro da inutilidade.
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