19/12/2014



HOJE NO
 "CORREIO DA MANHÃ"

 Polícia ignora queixas 
de vítimas portuguesas 

 Autoridades admitem que Lídia fez duas queixas a relatar ameaças do ex-companheiro. 

Um ano antes de morrer, Lídia Leitão disse às autoridades suíças que estava a ser ameaçada pelo ex-companheiro. 
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A queixa foi formalizada por escrito, mas nada foi feito. Poucos meses antes da tragédia fez outra queixa quando estava a receber mensagens ameaçadoras. Apesar de não ser a primeira vez que tal acontecia, o agressor nem identificado foi. Lídia, 42 anos, acabou por morrer às mãos do ex-companheiro a 3 de novembro em Wilderswil, na Suíça.

 A polícia confirmou agora que sabia das ameaças. "Durante uma audição realizada no âmbito de um pedido de auxílio judiciário de outro cantão a vítima do sexo feminino disse mais tarde à polícia que se sentia ameaçada pelo seu ex-companheiro [na primavera do ano passado]. Uma vez que a jurisdição não foi no cantão de Berna, as declarações foram registadas por escrito.

 No segundo caso, a polícia foi alertada pela vítima depois da mesma receber mensagens e chamadas indesejadas do ex-companheiro", confirmou Christoph Gnägi, da polícia de Berna. Lídia Leitão foi morta a tiro à porta de casa. Também o companheiro, com quem estava há três meses, foi assassinado. Alípio, o homicida, suicidou-se. Deixaram três órfãos – Diana, Rafaela e Leandro.

 * Lídia também vítima da formalidade helvética, impecáveis os suiços.

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