HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Tribunal aplica penas efectivas até
nove anos de prisão a 13 arguidos
do processo "Remédio Santo"
O Tribunal Central de Lisboa condenou hoje 13 dos 18 arguidos do
processo "Remédio Santo", acusados de burlar o Serviço Nacional de Saúde
(SNS) em quatro milhões de euros, a penas efectivas até nove anos de
prisão.
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O tribunal deu como provado a
existência de uma associação criminosa, composta pelos grupos do Norte e
do Centro/Sul, que levou a cabo um esquema de uso fraudulento de
receitas, em proveito de todos, o qual lesou o Estado em mais de três
milhões de euros.
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Entre os 18 envolvidos estão seis médicos, dois farmacêuticos, sete
delegados de informação médica, uma esteticista (ex-delegada de acção
médica), um empresário brasileiro e um comerciante de pão.
Três dos arguidos ficaram com penas suspensas até cinco anos e dois dos envolvidos foram absolvidos de todos os crimes.
A fraude, que durava pelo menos desde 2009, passava pela obtenção,
com a conivência de médicos, de receitas passadas em nome de utentes do
SNS que beneficiavam da prescrição de medicamentos que tinham elevadas
comparticipações do Estado (entre os 69 e os 100 por cento).
Com as receitas falsas, os arguidos compravam os medicamentos em
diversas farmácias, onde apenas era paga, no ato da compra dos
medicamentos, a parte do preço que cabia ao utente. Depois, o SNS pagava
à farmácia o valor relativo à comparticipação.
Os medicamentos assim obtidos eram posteriormente revendidos no
mercado internacional, designadamente na Alemanha e em Angola, sendo os
lucros distribuídos entre os membros da suposta associação criminosa.
* Penas ligeiras para tão grandes criminosos.
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