HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Onde está a primeira avaliação
. pós-programa da troika a Portugal?
Relatório já devia ter sido publicado, mas ainda não viu a luz do dia. Versão inicial continha duras críticas ao Governo.
O relatório da troika sobre a primeira avaliação
pós-programa a Portugal está atrasado. O documento já devia ter sido
publicado, mas tal não aconteceu e, de entre as várias fontes nacionais e
internacionais consultadas pelo Económico, ninguém conseguiu avançar
uma data para a sua divulgação.
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A publicação do documento é prática habitual após as visitas da
troika, mesmo as pós-programa. Na Irlanda, os relatórios têm sido
publicados cerca de um mês após as visitas decorrerem. Ora, em Portugal a
primeira avaliação do pós-troika decorreu entre fim de Outubro e os
primeiros dias de Novembro e ainda não há documento.
Tecnicamente, até existem dois relatórios diferentes, um da Comissão
Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), e outro do Fundo Monetário
Internacional (FMI). Já há pelo menos um "draft" do relatório da
Comissão, a que o Económico teve acesso no final de Novembro, que tece
duras críticas ao Governo por ter perdido o ímpeto reformista desde o
fim do programa. Nesse documento os técnicos de Bruxelas até criticam a
forma como as reuniões da avaliação foram preparadas pelo Executivo.
No início de Novembro, após a reunião dos ministros das Finanças da
zona euro, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, criticou o
facto de a troika publicar uma declaração sobre a avaliação a Portugal,
com considerações negativas, sem a fazer acompanhar de um relatório
técnico que suportasse as críticas.
O Económico sabe que, também por
isso, era suposto o relatório final de Bruxelas ter sido publicado a
tempo do Eurogrupo da semana passada, mas tal acabou por não acontecer.
Fonte comunitária disse ao Económico não saber o que está a atrasar a
divulgação do documento.
* O verdadeiro relatório é a fome quotidiana de 3 milhões de portugueses, o folclore de banqueiros, patos bravos e políticos bafejados pela legislação cirúrgica elaborada em seu favor, pela impunidade que gozam. Que melhores exemplos podem existir para demonstrar o abismo entre poucos muito ricos e muitos, mas muitos, muito pobres.
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