27/11/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Empresa portuguesa vende roupa
 que pode salvar vidas

A empresa portuguesa Manifesto Moda comercializa roupa que repele 40 tipos diferentes de mosquito. Tem também à venda vestuário que se adapta às condições do ambiente mantendo o corpo à mesma temperatura. Chama-se roupa "2nd skin" e tem um design inovador.
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Um projecto que pode salvar muitas vidas. Uma marca portuguesa está a comercializar roupa que repele mosquitos, sem produtos tóxicos e que não prejudica o ambiente. A Manifesto Moda, que já está presente em lojas de todo o mundo, também vende na sua plataforma 'on-line' www.manifestomoda.com.

Só no ano passado morreram mais de 600 mil pessoas de Malária. Mortes que poderiam ser evitadas se as vítimas usassem este tipo de roupa. O segredo está numa tecnologia de nano cápsulas que são fixadas no tecido que repele os mosquitos. Uma descoberta de uma equipa da Universidade do Minho que já está a patentear a descoberta.

A empresa Manifesto Moda foi criada com o objectivo de fazer a ponte entre as tecnologias que estão a ser desenvolvidas nas universidades e que muitas vezes ficam na gaveta e a indústria têxtil portuguesas criando roupa confortável e design inovador e que possa funcionar como uma segunda pele", esclarece Ana Salcedo Guimarães, co-fundadora e directora de I&D da empresa. "Queremos transformar estes produtos numa 'commodity'", acrescenta Vera Colaço, responsável por 'business development' que se juntou recentemente à empresa criada em 2011 por Paulo Gomes, actual director criativo.

Na lista de produtos que comercializam estão também peças que se adaptam à temperatura ambiente imediatamente, impedindo que o corpo aqueça ou arrefeça demasiado. Uma espécie de termo regulador, que "absorvem ou libertam calor" de acordo com as alterações da temperatura ambiente. Desenvolver produtos para os mercados emergentes é outra das estratégias da empresa. Para isso estão a preparar um projecto piloto em Moçambique com grupos de controlo para quantificar a eficiência do produto face a outros no combate a doenças transmitidas pelos mosquitos. "Não queremos alterar comportamentos" mas sim criar "um complemento, uma peça de roupa que funciona a todas as horas do dia". O principal objectivo é que estes produtos deixem de ser de luxo e que passem a ser de fácil acesso a pessoas de todas os estratos sociais.

Vera Colaço é doutorada pelo NOVA SBE e já viveu em diversos países. Ana Salcedo já teve outra marca que produzia roupa no Brasil. Mas agora estão de corpo e alma em Portugal para fazer crescer esta empresa.

* Miolos de mulheres portuguesas a funcionarem desta maneira, só podemos estar felizes. Elas dão cartas em todas as actividades e ainda têm tempo para os filhos, cônjuges e até para serem assassinadas.



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