HOJE NO
"i"
"i"
Nove ONG pedem a Junker que
extinga “inexplicável” cargo de Conselheiro Científico da UE
As
ONG afirmam, por exemplo, que nunca conseguiram saber daquele órgão em
que situações, no passado, o presidente solicitou pareceres do conselho.
.
Nove
organizações não-governamentais (ONG) enviaram uma carta ao presidente
da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a pedir a extinção do cargo
de Conselheiro Científico Principal daquela instituição, que consideram
“inexplicável, polémico e que carece de transparência”.
O cargo, atualmente ocupado por Anne Glover, foi criado pela primeira
vez pelo antecessor de Juncker, Durão Barroso, em 2011, e o presidente
da Comissão Europeia está a fazer auscultações para indicação do novo
responsável pelo pelouro.
Na carta citada pela revista “Sciencebusiness”, publicação
vocacionada em matérias de inovação na União Europeia, as nove ONG
consideram que “o cargo de Conselheiro Científico Principal é
fundamentalmente problemático”.
A missiva é assinada por Jorgo Riss, diretor da Unidade Europeia da
Greenpeace, Hans Muilerman, da Rede da Ação de Pesticidas, Christoph
Then (Testbiotech) Jamie Page (Cancer Prevention and Education Society),
Claire Robinson (GM Watch and Earth Open Source), André Cicolella
(Réseau Environnement Santé) Anne Stauffer (vice-diretora da Health
& Environment Alliance), Nina Holland (Corporate Europe Observatory)
e Christophe Morvan (Fondation Sciences Citoyennes).
Segundo as organizações, o pelouro “concentra muita influência numa
pessoa e mina em profundidade a pesquisa científica e avaliações
realizadas por ou para as direções da Comissão”.
Quando José Manuel Durão Barroso anunciou o cargo pela primeira vez
referiu que o papel do conselheiro era o de “fornecer aconselhamento
especializado independente sobre qualquer aspeto da ciência, tecnologia e
inovação, conforme solicitado pelo presidente” da Comissão Europeia.
Mas, os signatários da carta consideram que “enquanto as opiniões da
atual Conselheira Científica Principal do presidente da Comissão
Europeia foram muito presente nos meios de comunicação, a natureza do
seu Conselho permanece desconhecida”.
As ONG afirmam, por exemplo, que nunca conseguiram saber daquele
órgão em que situações, no passado, o presidente solicitou pareceres do
conselho.
Recentemente, o gabinete de imprensa do executivo comunitário disse à
Lusa que o processo de escolha da Conselheira Científica da Comissão
Europeia vai demorar muito tempo e que o presidente pretende definir
qual o formato que irá estabelecer para o cargo.
No entanto, no lugar de um conselheiro, os autores da missiva sugerem
que o executivo comunitário procure aconselhamento científico a partir
de uma "variedade de fontes independentes, multidisciplinares, com foco
no interesse público”, refere a publicação.
Na carta, os signatários criticam a atual Conselheira Científica da
Comissão Europeia, por discordarem das recentes opiniões de Anne Glover
sobre os organismos geneticamente modificados.
As organizações dizem que, em declarações recentes, Anne Glover
“apresentou opiniões parciais num debate sobre o uso de organismos
geneticamente modificados na agricultura, afirmando reiteradamente que
não havia um consenso científico sobre a sua segurança”.
Segundo a Sciencebusiness, no passado Durão Barroso considerou, a
propósito da questão dos organismos geneticamente modificados, que o
Conselho Científico da Comissão Europeia tem um papel na estimulação de
debates da ciência na sociedade.
* Mais uma barrosada a confirmar a vulgaridade da sua actuação enquanto mordomo da sra. Merkel.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário