25/07/2014

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HOJE NO
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Nove ONG pedem a Junker que 
extinga “inexplicável” cargo de Conselheiro Científico da UE

As ONG afirmam, por exemplo, que nunca conseguiram saber daquele órgão em que situações, no passado, o presidente solicitou pareceres do conselho.
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Nove organizações não-governamentais (ONG) enviaram uma carta ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a pedir a extinção do cargo de Conselheiro Científico Principal daquela instituição, que consideram “inexplicável, polémico e que carece de transparência”. 

 O cargo, atualmente ocupado por Anne Glover, foi criado pela primeira vez pelo antecessor de Juncker, Durão Barroso, em 2011, e o presidente da Comissão Europeia está a fazer auscultações para indicação do novo responsável pelo pelouro.

Na carta citada pela revista “Sciencebusiness”, publicação vocacionada em matérias de inovação na União Europeia, as nove ONG consideram que “o cargo de Conselheiro Científico Principal é fundamentalmente problemático”.

A missiva é assinada por Jorgo Riss, diretor da Unidade Europeia da Greenpeace, Hans Muilerman, da Rede da Ação de Pesticidas, Christoph Then (Testbiotech) Jamie Page (Cancer Prevention and Education Society), Claire Robinson (GM Watch and Earth Open Source), André Cicolella (Réseau Environnement Santé) Anne Stauffer (vice-diretora da Health & Environment Alliance), Nina Holland (Corporate Europe Observatory) e Christophe Morvan (Fondation Sciences Citoyennes).
Segundo as organizações, o pelouro “concentra muita influência numa pessoa e mina em profundidade a pesquisa científica e avaliações realizadas por ou para as direções da Comissão”.

Quando José Manuel Durão Barroso anunciou o cargo pela primeira vez referiu que o papel do conselheiro era o de “fornecer aconselhamento especializado independente sobre qualquer aspeto da ciência, tecnologia e inovação, conforme solicitado pelo presidente” da Comissão Europeia.
Mas, os signatários da carta consideram que “enquanto as opiniões da atual Conselheira Científica Principal do presidente da Comissão Europeia foram muito presente nos meios de comunicação, a natureza do seu Conselho permanece desconhecida”.

As ONG afirmam, por exemplo, que nunca conseguiram saber daquele órgão em que situações, no passado, o presidente solicitou pareceres do conselho.

Recentemente, o gabinete de imprensa do executivo comunitário disse à Lusa que o processo de escolha da Conselheira Científica da Comissão Europeia vai demorar muito tempo e que o presidente pretende definir qual o formato que irá estabelecer para o cargo.

No entanto, no lugar de um conselheiro, os autores da missiva sugerem que o executivo comunitário procure aconselhamento científico a partir de uma "variedade de fontes independentes, multidisciplinares, com foco no interesse público”, refere a publicação.

Na carta, os signatários criticam a atual Conselheira Científica da Comissão Europeia, por discordarem das recentes opiniões de Anne Glover sobre os organismos geneticamente modificados.
As organizações dizem que, em declarações recentes, Anne Glover “apresentou opiniões parciais num debate sobre o uso de organismos geneticamente modificados na agricultura, afirmando reiteradamente que não havia um consenso científico sobre a sua segurança”.

Segundo a Sciencebusiness, no passado Durão Barroso considerou, a propósito da questão dos organismos geneticamente modificados, que o Conselho Científico da Comissão Europeia tem um papel na estimulação de debates da ciência na sociedade.

* Mais uma barrosada a confirmar a vulgaridade da sua actuação enquanto mordomo da sra. Merkel.

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