HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Prémio Fé e Liberdade para Soares
dos Santos gera indignação
Frei Bento Domingues, o catedrático José Mattoso e o musicólogo Rui
Vieira Nery são algumas das mais de 30 pessoas que manifestaram
"indignação" pela atribuição do prémio "Fé e Liberdade" a Alexandre
Soares dos Santos, ex-presidente do grupo Jerónimo Martins.
Em documento enviado à reitoria da Universidade Católica Portuguesa
(UCP), os subscritores referem que foi com "grande perplexidade,
tristeza e indignação" que tiveram conhecimento de que o Instituto de
Estudos Políticos da UCP deliberou atribuir o prémio "Fé e Liberdade" a
Elíseo Alexandre Soares dos Santos, designado "um dos homens mais ricos
de Portugal".
Enfatizam que esta denúncia não é movida por "qualquer ressentimento contra a pessoa" em causa, mas pelo "dever" de, em consciência, tornar audível a voz dos cristãos que não querem - não podem - silenciar" a sua indignação.
"Um prémio tem um valor simbólico e testemunhal, pelo que, nas presentes circunstâncias, ocorre perguntar: O que é que se pretende enaltecer? Que valores merecem apreço explícito por parte da UCP? Quais os conceitos de fé e de liberdade que estão implícitos nesta atribuição?", questionam os subscritores, entre os quais constam os jornalistas Jorge Wemans e António Marujo e a professora universitária Isabel Allegro de Magalhães.
A carta de protesto lança ainda uma série de dúvidas sobre o que se pretende distinguir na personalidade de Alexandre Soares dos Santos.
Uma colossal fortuna pessoal? Uma forma de enriquecimento baseada nos ganhos do capital e sua acumulação? Práticas de exploração do trabalho humano (baixos salários, horários excessivos, precariedade nas relações laborais)? Expedientes fiscais para fugir aos impostos?.Um modelo de economia que permite o desemprego massivo, a grande concentração do património individual e correspondente poder político, com risco para a democracia e para a coesão social?, lê-se no documento a que a agência Lusa teve acesso.
Notando que a decisão vai também contra aquilo que tem sido o ensinamento e os apelos mais recentes do papa Francisco, os subscritores gostariam de ver a UCP empenhada na denúncia de "uma economia que mata", em especial pelo que produz "de grande pobreza, desemprego maçiço, excessivas e crescentes desigualdades, riscos ecológicos sérios", naquilo que é uma das maiores ameaças à liberdade e à democracia.
A Lusa tentou obter um comentário junto da reitoria da UCP, mas até ao momento não foi possível obter um esclarecimento por parte da reitora Maria da Glória Garcia.
O Instituto de Estudos Políticos (IEP), da UCP, atribuiu o Prémio Fé e Liberdade a Alexandre Soares dos Santos, devendo a distinção ser entregue a 24 de junho, durante o Fórum Político do Estoril, que reúne dezenas de oradores nacionais e estrangeiros.
* Acalmem-se os indignados que para o ano pode ser o José Eduardo dos Santos. Nada nos espanta quando a "boa acção" emana dum organismo eminentemente católico.
Enfatizam que esta denúncia não é movida por "qualquer ressentimento contra a pessoa" em causa, mas pelo "dever" de, em consciência, tornar audível a voz dos cristãos que não querem - não podem - silenciar" a sua indignação.
"Um prémio tem um valor simbólico e testemunhal, pelo que, nas presentes circunstâncias, ocorre perguntar: O que é que se pretende enaltecer? Que valores merecem apreço explícito por parte da UCP? Quais os conceitos de fé e de liberdade que estão implícitos nesta atribuição?", questionam os subscritores, entre os quais constam os jornalistas Jorge Wemans e António Marujo e a professora universitária Isabel Allegro de Magalhães.
A carta de protesto lança ainda uma série de dúvidas sobre o que se pretende distinguir na personalidade de Alexandre Soares dos Santos.
Uma colossal fortuna pessoal? Uma forma de enriquecimento baseada nos ganhos do capital e sua acumulação? Práticas de exploração do trabalho humano (baixos salários, horários excessivos, precariedade nas relações laborais)? Expedientes fiscais para fugir aos impostos?.Um modelo de economia que permite o desemprego massivo, a grande concentração do património individual e correspondente poder político, com risco para a democracia e para a coesão social?, lê-se no documento a que a agência Lusa teve acesso.
Notando que a decisão vai também contra aquilo que tem sido o ensinamento e os apelos mais recentes do papa Francisco, os subscritores gostariam de ver a UCP empenhada na denúncia de "uma economia que mata", em especial pelo que produz "de grande pobreza, desemprego maçiço, excessivas e crescentes desigualdades, riscos ecológicos sérios", naquilo que é uma das maiores ameaças à liberdade e à democracia.
A Lusa tentou obter um comentário junto da reitoria da UCP, mas até ao momento não foi possível obter um esclarecimento por parte da reitora Maria da Glória Garcia.
O Instituto de Estudos Políticos (IEP), da UCP, atribuiu o Prémio Fé e Liberdade a Alexandre Soares dos Santos, devendo a distinção ser entregue a 24 de junho, durante o Fórum Político do Estoril, que reúne dezenas de oradores nacionais e estrangeiros.
* Acalmem-se os indignados que para o ano pode ser o José Eduardo dos Santos. Nada nos espanta quando a "boa acção" emana dum organismo eminentemente católico.
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