HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Controlinveste vai despedir
160 trabalhadores
A dona do "Diário de Notícias" e do desportivo "O
Jogo" vai iniciar um despedimento colectivo de 140 trabalhadores e
rescisões amigáveis com mais 20. Reestruturação começa quatro meses
depois da entrada do angolano António Mosquito no capital da empresa.
A Controlinveste Conteúdos, empresa de
media detentora de títulos como o "Diário de Notícias", "Jornal de
Notícias e "O Jogo", anunciou esta quarta-feira, 11 de Junho, um
processo de redução de efectivos que vai implicar a saída de 160
trabalhadores do grupo. Deste processo fazem parte um despedimento
colectivo de 140 colaboradores e rescisões amigáveis de contrato com
mais 20, de acordo com um comunicado da empresa, citado pelo "Diário de
Notícias".
O Conselho de Administração da Controlinveste justifica a decisão com
"a evolução negativa do mercado dos media (...) e a acentuada quebra de
receitas do sector", o que obrigou a empresa a tomar uma "decisão
estratégica de redução de custos para garantir a sustentabilidade do
negócio".
O comunicado informa ainda que a Controlinveste iniciou um processo
de corte de custos com efeitos imediatos que permitirá a poupança de 5,5
milhões de euros anuais, além do corte em despesas com pessoal que
agora se inicia.
"Apesar de todos os esforços da anterior Administração para melhorar a
performance da empresa, a verdade é que nos últimos três anos (de 2011 a
2013) apresentámos um défice de tesouraria e resultados antes de
impostos negativos em montantes consideráveis", lê-se no comunicado. "A
continuação desta performance negativa colocaria em causa a viabilidade
da nossa empresa, com consequências que atingiriam todos os que nela
trabalham e o próprio universo dos media em Portugal, afectando
negativamente a sua diversidade e pluralismo".
O processo de reestruturação da
Controlinveste começa, assim, quatro meses depois da entrada de António
Mosquito (na foto) e Luíz Montez como accionistas do grupo. Em Fevereiro
deste ano, Joaquim Oliveira deixou de ser o principal acionista da
empresa, encolhendo a sua posição para 27,5%. Ao seu lado passou a estar
o empresário angolano António Mosquito, que, ao comprar 27,5% do
capital, entrou nos negócios da comunicação social.
As mudanças accionistas no grupo envolveram também Luis Montez,
empresário ligado às rádios (detém rádios como a Nostalgia, SWtmn,
Amália, Oxigénio e Radar) o BES e o BCP.
Luiz Montez, dono da promotora de espectáculos Música no Coração e
accionista do ex-Pavilhão Atlântico, ficou com uma participação de 15%,
tal como o BES e o BCP.
A Controlinveste Conteúdos engloba sete jornais, várias revistas, uma
estação de rádio (TSF) e seis canais de televisão por cabo.
* O sr. Mosquito nem precisou de zumbir para dar a primeira ferroada. Agora quando ele obrigar os jornalistas a elogiar o José Eduardo dos Santos todos os dias nos jornais e rádios do grupo, estamos aqui para ver como vai reagir a classe.
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