O QUE NÓS
RECORDAMOS!
Quando eu era criança…
Dez escritores de livros infantis recordam aquilo que liam e os brinquedos que adoravam
No dia 1 de Junho, é celebrada a infância, a primeira época da vida de
qualquer pessoa. Contudo, há pessoas que não a deixam logo para trás, e
que a revisitam para enriquecer a infância dos outros.
A PARTIR DE UM TRABALHO DE LEONOR RISO
IN "SÁBADO"
01/06/14
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António Mota
56 anos
Publicou mais de 80 livros infanto-juvenis
56 anos
Publicou mais de 80 livros infanto-juvenis
O livro: ‘As Aventuras de Pequenu’, de Dick Laan
O brinquedo: moinhos
“Sempre estive na aldeia de Vilarelho, ao pé de Baião. Quando tinha 7 anos, a professora disse que ia passar a biblioteca itinerante da Gulbenkian, e que se podiam requisitar livros que não se pagava nada. Um dos primeiros que li foi 'As Aventuras de Pequenu', de Dick Laan. Lembro-me de um livro sobre o Thomas Alva Edison, nunca mais me esqueci do nome dele! E também d''O Meu Pé de Laranja Lima', chorava sempre muito...
O brinquedo que mais gostava de fazer eram moinhos, foi o meu pai que me ensinou, com bugalhos duros, do carvalho. Punha bocadinhos de paus à volta e fazia aquilo girar junto à água. E agora vou contar uma coisa secreta: adorava fazer corridas de caracóis. Numerava-os, punha uma palha seca, e dizia partida!... Mas no dia seguinte, já tinham desaparecido.
Acho que foi o meu avô que me ofereceu uma navalha pequenina. Com ela, fazia carros, carrinhas, carroças e animais com cascas de abóbora. Havia tanta abóbora que dava para alimentar os porcos com elas.
“Sempre estive na aldeia de Vilarelho, ao pé de Baião. Quando tinha 7 anos, a professora disse que ia passar a biblioteca itinerante da Gulbenkian, e que se podiam requisitar livros que não se pagava nada. Um dos primeiros que li foi 'As Aventuras de Pequenu', de Dick Laan. Lembro-me de um livro sobre o Thomas Alva Edison, nunca mais me esqueci do nome dele! E também d''O Meu Pé de Laranja Lima', chorava sempre muito...
O brinquedo que mais gostava de fazer eram moinhos, foi o meu pai que me ensinou, com bugalhos duros, do carvalho. Punha bocadinhos de paus à volta e fazia aquilo girar junto à água. E agora vou contar uma coisa secreta: adorava fazer corridas de caracóis. Numerava-os, punha uma palha seca, e dizia partida!... Mas no dia seguinte, já tinham desaparecido.
Acho que foi o meu avô que me ofereceu uma navalha pequenina. Com ela, fazia carros, carrinhas, carroças e animais com cascas de abóbora. Havia tanta abóbora que dava para alimentar os porcos com elas.
Aos 7 anos, o meu pai Manuel deu-me um martelo. Ele era tamanqueiro, e
com o martelo pude ajudar o meu pai a trabalhar. Hoje, guardo o martelo
ao pé dos livros porque foi o que me ajudou a estudar. Ainda o tenho.
Era para o trabalho, mas também para a brincadeira.
Também por volta dos 7 anos, o meu pai foi ao Porto e encontrou só o aro de um tambor. Trouxe-o, montou-o todo com a pele e as cordas e deu-mo.”
Também por volta dos 7 anos, o meu pai foi ao Porto e encontrou só o aro de um tambor. Trouxe-o, montou-o todo com a pele e as cordas e deu-mo.”
A PARTIR DE UM TRABALHO DE LEONOR RISO
IN "SÁBADO"
01/06/14
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