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"DESTAK"
Maioria falha na proteção
Estudo de Coimbra revela que 75% das mulheres com gravidez não desejada usam contraceção.
Não é um estudo de âmbito nacional, mas o trabalho apresentado sob a forma de poster no Congresso Europeu de Contraceção contraria a ideia comum de que as gravidezes indesejadas acontecem apenas em mulheres que não usam contracetivos.
O estudo, que resultou de uma análise a mais de 3.500 mulheres dos Serviços de Obstetrícia das maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, conclui que 75% das mulheres que engravidaram sem o desejar estavam a usar um método contracetivo.
Uma situação que, confirma Teresa Bombas, uma das autoras do trabalho e presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção, «pode parecer paradoxal. Mas existem varias razões para que isto aconteça», refere. Como «o uso de métodos pouco seguros na proteção da gravidez – é o caso do coito interrompido e dos calendário», acrescenta, avançando outra justificação: «o uso irregular de métodos seguros como o preservativo e a pílula», que são seguros desde que usados de forma «correta e sistemática».
De facto, entre as mulheres que usavam contraceção hormonal (53,4%), uma elevada percentagem (81%) admitiu falhar a toma uma vez por outra. Segundo a especialista, a falta de valorização do esquecimento ajuda a explicar estes dados. O problema é que, confirma, esta mesma não valorização «do uso incorreto dos métodos leva à não utilização da pílula de emergência, que efetivamente foi concebida para ser utilizada nestas situações».
Aconselhamento precisa-se
Falta de informação e falta de cuidado ajudam a justificar que assim seja, refere Teresa Bombas, que defende a necessidade do «aconselhamento contracetivo. Temos muitos contracetivos e podemos adaptar ao quotidiano do casal. Uma mulher que se esquece sistematicamente ou mesmo de vez em quando da pílula deve optar por um método não diário. Até pode ser uma pílula (em termos de composição) mas com uso semanal, mensal ou passar a um método de longa duração. O importante é dar a conhecer que existem alternativas.»
* Apenas uma pequeníssima informação:
Não há espermatozóides coxos!!!
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