HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Lobo Antunes diz que não havia
opressão intelectual no Estado Novo
Neurocirurgião explica que o jornal 'Encontro' não ia à censura, mesmo opondo-se à ditadura.
João Lobo Antunes afirmou que no tempo do Estado Novo não havia opressão intelectual. “Dizer que havia uma opressão intelectual é injusto. Não é verdade”, afirmou em entrevista à Antena 1.
O neurocirurgião fez parte da Juventude Universitária Católica que, nos anos 1960, publicava o jornal ‘Encontro’, que estava sob a "coberta da Concordata". Neste, podiam ler-se artigos de bispos e sobre bispos, como D. Sebastião de Resende e D. António Ferreira Gomes, que eram contra a ditadura.
"Em parte era uma forma de oposição, coberta pela Concordata. O jornal que nós publicávamos não ia à censura. Há tempos tive a oportunidade de rever o 'Encontro' e é muito interessante quem escrevia lá e o que se dizia lá. As vozes da Igreja de que nós gostávamos eram dos bispos que mais vigorosamente se opunham à situação”, explicou o professor catedrático jubilado.
* O "Encontro" era um pasquim católico salvo de sanção pidesca por via dum acordo entre Salazar e Cerejeira, era um inconseguimento contestário.
O professor perdeu uma boa ocasião de estar calado, mas tudo tem lógica, por algumas razões tem sido acólito de Cavaco Silva.
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