03/04/2014

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Cinco mil agricultores 
manifestam-se em Lisboa 

Cerca de cinco mil trabalhadores manifestaram-se, esta quinta-feira, no centro de Lisboa. Em causa estão as novas imposições fiscais "que levarão à ruína de muitas dezenas de milhar de explorações agrícolas". 


Numa espécie de galinheiro ambulante estavam fotografias de políticos como o primeiro-ministro, o Presidente da República, com a legenda: "culpados pela miséria da lavoura e sofrimento das populações durienses". 

Antes de a manifestação rumar ao parlamento, onde terminará, o dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Alfredo Campos, referiu à agência Lusa esperar entre quatro a cinco mil manifestantes, que irão contestar as novas imposições fiscais "que levarão à ruína de muitas dezenas de milhar de explorações agrícolas". 

 O dirigente lembrou que 2014 é o ano internacional da agricultura familiar, lamentando que o Governo, em vez de avançar com incentivos, esteja a contribuir "para a desertificação do país, por tornar inviável a atividade de muitas famílias na agricultura". 

Outros dos problemas que trazem hoje os agricultores à rua são "a especulação em adubos, sementes e combustíveis", assim como a nova reforma da Política Agrícola Comum (PAC). 

 O mesmo dirigente destacou a presença, no protesto de hoje, de um grupo específico de compartes [pessoas que gerem baldios], para contestarem "a tentativa de roubo dos baldios aos povos". 

* Os agricultores portugueses aceitaram susídios para serem explorados, muitos dos produtos que compram e usam  já custam 10 vezes mais do tempo em Cavaco Silva iniciou o desmantelamento da terra e do mar, os ministros da tutela nunca  os protegeram da chuva, da seca ou dos incêndios, sugerem-lhes modalidades de seguros que funcionam mal. 
A agricultura não tem um plano decente de desenvolvimento integrado, continua na mão dos ricos.


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