10/03/2014

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HOJE NO
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Mota Soares e Agostinho Branquinho
. gastam mais 15,1 mil euros em
. parque de estacionamento

O ministro e o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social vão gastar mais 15,1 mil euros (mais IVA) no aluguer de lugares de estacionamento para os colaboradores dos seus gabinetes, de acordo com os dois contratos publicados sexta-feira no portal Base. 


Os contratos assinados pelos gabinetes de Pedro Mota Soares e Agostinho Branquinho (6,6 e 8,5 mil, respectivamente) com a empresa ESLI - Parques de Estacionamento, SA têm um prazo de um ano. Ou seja, representam uma despesa mensal de 1260,4 euros. Uma pesquisa no portal permitiu concluir que este é o terceiro ano que os governantes da Praça de Londres celebram contratos com esta empresa. Todos somados dão um custo de 50,1 mil euros. Um valor que não abrange os gastos do gabinete do secretário de Estado do Emprego. 

Questionado pelo i, o porta-voz do ministério justificou este encargo com "o reduzido número de lugares de estacionamento disponíveis (estacionamento gratuito) frente ao edifício na Praça de Londres", mas fez questão de salientar que "se verificou uma redução substancial na despesa".
"A despesa com gastos de estacionamento foi reduzida de uma média de 30 mil euros no triénio 2008-2010 para 15 125 euros em 2014 (representando uma redução de cerca de 50%). Se considerarmos a área do Emprego, a redução será de cerca de 38 mil euros no triénio 2008-2010 para menos de 22 700 euros em 2014 (representando uma redução de cerca de 40%)", revelou o assessor de comunicação de Pedro Mota Soares. 

Além de destacar ainda a redução de 46% das despesas nos gabinetes dos respectivos membros do governo (ministro e dois secretários de Estado) de um total de 4,3 milhões em 2010 (último ano completo do anterior governo) para 2,3 milhões em 2014, o porta-voz de Mota Soares apontou o "esforço de contenção" efectuado também com a libertação de "uma série de edifícios arrendados, optimizando a utilização de espaços". "Nalguns desses edifícios, o ministério dispunha de garagens que permitiam guardar as viaturas, em particular os edifícios da Avenida António Serpa (com uma poupança anual de cerca de 250 mil euros) e da Rua Castilho (com uma poupança anual de mais de 915 mil e com a transferência da maioria dos serviços para o edifício do ministério na Praça de Londres". 

De acordo com o portal Base, o primeiro contrato com a ESLI foi publicado no início de 2012 e visava apenas o "aluguer de estacionamentos no mês de Dezembro de 2011", e tinha um custo de 630,24 euros. O segundo, celebrado a 9 de Fevereiro também pelo gabinete do secretário de Estado, na altura o titular da pasta era Marco António Costa, já tinha um valor de 7780 euros e tinha como objecto "o aluguer de estacionamentos das viaturas dos colaboradores para o ano de 2012". Três meses depois, Marco António Costa decide assumir a despesa de "mais três avenças mensais para o período de Maio a Dezembro" desse ano por 1890,72 euros. 

Jornais e café
De acordo com os contratos publicados na última semana, os dois governantes vão gastar também 6,7 mil euros em jornais e café. Os dois contratos assinados com o quiosque de Natalina Carneiro têm um valor de 2446,60 euros cada um e têm também um prazo de um ano. Já o celebrado com a empresa da família Nabeiro ascende a 1795 euros. 

Em termos globais, foram publicados 2028 contratos de aquisição de bens e serviços no portal Base entre os dias 27 de Fevereiro e 7 de Março, com um valor total de 143,2 milhões de euros. Deste total, cerca de 50 milhões foram assumidos na compra de energia (electricidade e gás). Um valor que ultrapassa o montante das despesas em empreitadas de construção civil, que se situaram nos 20,2 milhões. 

A terceira rubrica que mais dinheiro consumiu a semana passada foi a dos medicamentos, com um total de 8,2 milhões de euros. Os organismos da área da Saúde compraram ainda 5,8 milhões de euros em material, dispositivos médicos e equipamento clínico. 

*Na Alemanha há ministros, que por não residirem em Berlim, vivem em dependências diminutas dentro dos ministérios e a oposição democrática quer que eles paguem aluguer, por cá até  jornais e cafés o povo paga.


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