10/03/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Matérias-primas afundam 
com incerteza chinesa

Bolsa nacional é das poucas que sobe hoje, impulsionada pela banca. Mas o sentimento geral é de pessimismo com o travão chinês.

SI 20 (1,03%) 
A bolsa nacional renova máximos de Junho de 2011, com a sessão de hoje a ser dominada pelo sector da banca (impulsionada pelo alívio do risco soberano). O BCP, um dos bancos mais castigados durante a crise, acelerava, arrastando consigo os outros títulos da praça. A REN, onde Rui Cartaxo está de saída, cede ligeiramente no dia em que presta contas ao mercado.

DAX 30 (-1,05%)
 O sector mineiro é dos que mais recuam no panorama europeu, ofuscando o ‘rally' da Iliad (depois de a Bouygues anunciar conversações para vender parte dos seus activos nas comunicações móveis à operadora francesa) e da Rolls Royce (após a Daimler ter dito que vai vender 50% da joint venture do negócio nos motores à companhia britânica). Na frente macroeconómica, a queda das exportações da China em Fevereiro penaliza o sentimento geral nos índices accionistas.

S&P 500 (-0,37%)
 Os mercados norte-americanos continuam a negociar em queda no arranque de sessão, com o influente índice S&P 500 a recuar de máximos históricos. A queda das acções do sector mineiro (tal como na Europa), em virtude do recuo das exportações chinesas, acentua a pressão vendedora do lado americano. A Boeing também afunda depois de um avião fornecido por si à Malaysia Airlines ter desaparecido com 239 passageiros a bordo quando seguia para Pequim.

Taxa a 10 anos 4,462% (-0,115) 
Há quatro sessões que o risco português cai em mercado secundário, com o juro da dívida a dez anos a quebrar a barreira "Machete" dos 4,5%, considerada pelo ministro como o nível abaixo do qual Portugal poderia dispensar um segundo resgate.

Euro 1,387$ (-0,06%) 
A moeda única chegou hoje a superar os 1,39 dólares, seguindo agora praticamente inalterada face à nota verde. O dólar australiano cai pelo segundo dia depois de a China ter registado o maior défice comercial em dois anos, arrefecendo a procura por activos com maior risco. O yuan chinês também depreciava depois de o banco central do país ter baixado a taxa de juro de referência da moeda para o nível mais baixo em ano e meio.

Alumínio 1765$ (-1,73%) 
O mercado das matérias-primas sucumbe com a forte queda das exportações da China em Fevereiro, sinalizando que a segunda maior economia do mundo pode estar a abrandar, o que originará pressões do lado da procura (China é um dos maiores consumidores mundiais de matérias-primas). O alumínio (medido em toneladas métricas) é o activo que mais cede, mas petróleo e outros metais, como o níquel ou o cobre, também corrigem de forma acentuada.

* A China a relegar para a segunda  posição a importância da economia  norte-americana, da qual já detém 40% da dívida.


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