HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Matérias-primas afundam
com incerteza chinesa
Bolsa nacional é das poucas que sobe hoje, impulsionada pela banca. Mas o sentimento geral é de pessimismo com o travão chinês.
SI 20 (1,03%)
A bolsa nacional renova máximos de
Junho de 2011, com a sessão de hoje a ser dominada pelo sector da banca
(impulsionada pelo alívio do risco soberano). O BCP, um dos bancos mais
castigados durante a crise, acelerava, arrastando consigo os outros
títulos da praça. A REN, onde Rui Cartaxo está de saída, cede
ligeiramente no dia em que presta contas ao mercado.
DAX 30 (-1,05%)
O
sector mineiro é dos que mais recuam no panorama europeu, ofuscando o
‘rally' da Iliad (depois de a Bouygues anunciar conversações para vender
parte dos seus activos nas comunicações móveis à operadora francesa) e
da Rolls Royce (após a Daimler ter dito que vai vender 50% da joint
venture do negócio nos motores à companhia britânica). Na frente
macroeconómica, a queda das exportações da China em Fevereiro penaliza o
sentimento geral nos índices accionistas.
S&P 500 (-0,37%)
Os
mercados norte-americanos continuam a negociar em queda no arranque de
sessão, com o influente índice S&P 500 a recuar de máximos
históricos. A queda das acções do sector mineiro (tal como na Europa),
em virtude do recuo das exportações chinesas, acentua a pressão
vendedora do lado americano. A Boeing também afunda depois de um avião
fornecido por si à Malaysia Airlines ter desaparecido com 239
passageiros a bordo quando seguia para Pequim.
Taxa a 10 anos 4,462% (-0,115)
Há
quatro sessões que o risco português cai em mercado secundário, com o
juro da dívida a dez anos a quebrar a barreira "Machete" dos 4,5%,
considerada pelo ministro como o nível abaixo do qual Portugal poderia
dispensar um segundo resgate.
Euro 1,387$ (-0,06%)
A
moeda única chegou hoje a superar os 1,39 dólares, seguindo agora
praticamente inalterada face à nota verde. O dólar australiano cai pelo
segundo dia depois de a China ter registado o maior défice comercial em
dois anos, arrefecendo a procura por activos com maior risco. O yuan
chinês também depreciava depois de o banco central do país ter baixado a
taxa de juro de referência da moeda para o nível mais baixo em ano e
meio.
Alumínio 1765$ (-1,73%)
O mercado das
matérias-primas sucumbe com a forte queda das exportações da China em
Fevereiro, sinalizando que a segunda maior economia do mundo pode estar a
abrandar, o que originará pressões do lado da procura (China é um dos
maiores consumidores mundiais de matérias-primas). O alumínio (medido em
toneladas métricas) é o activo que mais cede, mas petróleo e outros
metais, como o níquel ou o cobre, também corrigem de forma acentuada.
* A China a relegar para a segunda posição a importância da economia norte-americana, da qual já detém 40% da dívida.
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