12/03/2014

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HOJE NO
  "RECORD"

Incertezas ameaçam penta
 de Vettel e Red Bull

Sebastian Vettel e a Red Bull-Renault iniciam domingo a perseguição ao quinto título mundial de F1, após uma pré-temporada marcada por sucessivos problemas mecânicos, que fazem antever uma tripla ameaça ao recente domínio da escuderia. 

Depois de uma época de 2013 que o fez emergir como o mais jovem piloto de sempre a alcançar um quarto título consecutivo, o alemão, que terá outro australiano como companheiro de equipa - Daniel Ricciardo (ex-Toro Rosso) em vez de Mark Webber -, procura agora igualar o recorde do compatriota Michael Schumacher, único na história a alcançar cinco títulos seguidos.

Apesar de repetirem o papel de "cabeças de cartaz" da 65.ª edição da competição, Vettel e Red Bull iniciam a nova época envoltos num "manto" de incertezas, dada a dececionante performance nos testes de pré-época, que levou inclusivamente o tetracampeão a antever muitas dificuldades para sequer terminar o Grande Prémio inaugural, na Austrália.

"Neste momento, conseguir terminar uma corrida já será um feito. Se metade dos pilotos desistir, então teremos hipóteses de amealhar alguns pontos", ironizou Vettel, depois do insucesso nos testes realizados no início do mês, no Bahrain.

O português António Felix da Costa é um dos pilotos de testes e reserva. O novo monolugar RB10 revelou-se um "adversário" de última hora para a escuderia anglo-austríaca, que terá de redobrar os esforços, num ano que se adivinha de enorme competição, tendo em conta o poderio de adversários como Mercedes, Ferrari e a surpreendente Williams, cujos carros estão equipas com Mercedes.

Na Ferrari, o espanhol Fernando Alonso prepara-se para iniciar a quinta temporada ao serviço do emblema de Maranello, mas o maior destaque vai para o regresso de Kimi Räikkönen à marca italiana - pela qual se sagrou campeão mundial, em 2007 -, ocupando o lugar que pertencia a Felipe Massa, que rumou à Williams.

No entanto, a expetativa maior este ano prende-se com o desempenho da Mercedes, que tem sido apontada como uma séria candidata ao título, não só pelo potencial dos pilotos Lewis Hamilton (campeão em 2008) e Nico Rosberg, mas também pela supremacia que o motor da marca tem revelado, em comparação com os rivais.

Já a Williams, poderá assumir-se como surpresa na edição deste ano e intrometer-se na luta entre trio de favoritos, contando agora com o reforço Massa.

Depois de oito anos ao serviço da Ferrari, o brasileiro fará dupla com o ambicioso Valteri Bottas, que se destacou nos testes realizados no Bahrain.

Por seu lado, a McLaren-Mercedes parece surgir arredada desta luta, pelo menos numa fase inicial, embora as aspirações da marca passem certamente por superar o quinto lugar da geral de construtores do ano passado, contando para isso com a experiência do britânico Jenson Button (campeão em 2009) e com a irreverência do estreante dinamarquês Kevin Magnussen, de 21 anos, campeão de Fórmula Renault 3.5 em 2013.

Entre as alterações para o Mundial deste ano, a mais sensível diz respeito às unidades motriz híbridas, com motores de combustão V6 Turbo (1,6 litros), que substituem anteriores V8 (2,4), o que dará origem a um barulho menos intenso.

As dianteiras dos monolugares foram igualmente modificadas, com um nariz mais baixo e um design que originou os mais variados comentários, quase todos eles considerando que estão mais feios.

O Mundial de 2014 mantém as 11 equipas do ano transato, enquanto entre os pilotos se destacam as estreias do sueco Marcus Ericsson (Caterham), do russo Daniil Kvyat (Toro Rosso) e de Kevin Magnussen (McLaren-Mercedes), além do regresso do japonês Kamui Kobayashi (Caterham).

O Grande Prémio da Austrália volta a ser o primeiro de um calendário com 19 provas, registando-se o regresso do GP da Áustria, ausente desde 2003, e a estreia do GP da Rússia, que será disputado no circuito de Sochi.

A 65.ª edição do Mundial de F1 arranca no domingo, em  Melbourne, às 6 horas e termina a 23 de novembro, em Abu Dahbi. 

* Pode acompanhar na televisão as corridas de F1, se pagar à Isabel dos Santos, filha do ditador angolano, o bilhete correspondente.



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