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Alunos do superior privado vão
criar fundo de emergência para
combater abandono escolar
A Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo,
que elegeu esta semana novo presidente, quer combater o abandono escolar
e aumentar a empregabilidade dos diplomados, propondo-se, para já, a
criar um fundo de emergência para combater as desistências.
Joel Pereira, eleito no início desta semana como novo presidente da
Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo (FNESPC),
e que estará à frente da organização estudantil durante um ano, disse à
Lusa que tem como “bandeiras para o mandato” o combate ao abandono
escolar no superior, motivado pelas dificuldades financeiras, e aumentar
a taxa de empregabilidade entre os estudantes, ajudando, desta forma, a
combater a emigração de jovens qualificados.
Do Governo e das instituições de ensino superior, o novo presidente
da FNESPC espera “políticas e medidas preventivas”, mas do lado dos
estudantes, Joel Pereira disse querer mobilizar as associações que os
representam para em breve ter disponível um “fundo de emergência”.
“Pretendemos criar um fundo de ação social de emergência para apoiar os estudantes e evitar que saiam do ensino”, disse.
O dirigente estudantil sugeriu ainda uma alteração do modelo de apoio
aos alunos, referindo exemplos vindos do norte da Europa, os se apoia
diretamente os estudantes, a quem se atribui uma verba anual que passam a
ter a responsabilidade de gerir, à semelhança da entrega de um
‘voucher’ ou de um ‘cheque-ensino’.
Para aumentar a empregabilidade dos diplomados, Joel Pereira quer
criar uma plataforma que promova a aproximação de empresas, instituições
de ensino e alunos, motivando contactos que se traduzam em contratos de trabalho, e não apenas em estágios.
A FNESPC está também preocupada com a avaliação da qualidade dos
cursos superiores privados, pedindo “mais rigor” à A3ES, a Agência de
Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.
Joel Pereira afirmou que a agência “não trata de igual forma o ensino
privado e o ensino público”, defendendo que deve maior cuidado na
avaliação dos cursos ministrados em instituições públicas.
O presidente da FNESPC quer ainda que a federação tenha lugar no
conselho consultivo da A3ES, um órgão de aconselhamento para garantia da
qualidade do ensino superior.
* Uma grande iniciativa da FNESPC
.
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