HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Maduro eleva para mais de 50 número
de mortos em protestos na Venezuela
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elevou, esta quarta-feira, para mais de 50 o
número de mortos na sequência dos protestos que desde há 14 dias a
oposição organiza em várias localidades do país.
"São mais de 50 mortos, produto das barricadas e das 'guarimbas' (estratégias e locais dos protestos)", disse Maduro.
O
Presidente da Venezuela falava para milhares de agricultores e
pescadores que marcharam desde a avenida Libertador de Caracas (centro)
até ao palácio presidencial de Miraflores para "semear paz e colher
vida".
Nicolás Maduro disse que na terça-feira "morreu uma senhora
de 84 anos, aqui numa urbanização do leste de Caracas, porque a
mantiveram sequestrada numa 'guarimba' durante três horas e morreu no
carro da sua família".
Na quarta-feira, na cidade de Valência, 150
quilómetros a oeste de Caracas, morreu "um motociclista que vinha do
trabalho, escorregou no óleo queimado (deitado na estrada) e bateu
contra umas barricadas incendiadas".
"Enquanto estamos a
trabalhar, todos estes atos de violência continuam a produzir mortos do
fascismo. CNN e as agências internacionais dizem que este é um governo
repressivo, mas não dizem que quem viola os direitos humanos são
pequenos grupos que queimam, que atacam, não dizem nada disso", disse.
Desde 12 de fevereiro último que na Venezuela se registam manifestações diárias e bloqueio de algumas estradas do país.
Diversas fontes dão conta que 14 pessoas morreram, dezenas foram feridas e mais de 500 foram detidas em protestos.
Segundo
o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa, pelo menos 62
jornalistas foram vítimas de repressão de parte de organismos de
segurança do Estado, de civis venezuelanos, de civis armados e de
manifestantes.
Na última segunda-feira, Nicolás Maduro atribuiu a
morte de 30 pessoas, por "ataques de coração e de asma" na barricadas
montadas pelos seus opositores.
Também em Caracas centenas de
mulheres opositoras, vestidas de branco e com uma bracelete preta num
dos braços, marcharam em silêncio até ao Comando da Guarda Nacional
Bolivariana (polícia militar) onde entregaram uma carta pedindoque não
haja mais violência, repressão e tortura" de parte dos organismos de
segurança do Estado aos manifestantes.
Pediram também que se
desarmem grupos civis e que cesse a "ingerência cubana" nos organismos
militares e de segurança e que se liberte o líder opositor Leopoldo
López (acusado pelas autoridades de estar vinculado a ações de
violência).
* Maduro, o "Pôdre", é o principal responsável por estas mortes.
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