HOJE NO
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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Isaltino Morais preside à
Fundação Marquês de Pombal
Os vereadores do PS e PSD na Câmara de Oeiras estranharam hoje que o
executivo independente os tenha informado só agora da nomeação de
Isaltino Morais, de abril de 2013, como presidente da Fundação Marquês
de Pombal.
No documento apresentado hoje em
sessão de câmara, a que a Lusa teve acesso, o presidente da Câmara de
Oeiras, Paulo Vistas, informa o executivo da designação do conselho de
administração e do conselho fiscal da Fundação Marquês de Pombal - que
visa a promoção do concelho em diversas áreas - para o quadriénio
2013-2016.
Nessa informação, o ex-autarca Isaltino Morais, preso
desde 24 de abril de 2013, aparece como presidente do conselho de
administração, com uma nota do rodapé que indica: "atualmente com pedido
de suspensão da nomeação em causa".
Numa reação a esta
informação, o vereador do PS Marcos Sá afirmou que "a vereação está
absolutamente estupefacta por só hoje ser dado conhecimento à Câmara
Municipal da sua nomeação que reporta a abril do ano passado".
O
socialista considerou ainda que esta nomeação "contraria os princípios
da transparência que se exige a que qualquer presidente cumpra".
"Isaltino
Morais demonstra assim o desrespeito pelos seus munícipes e o atual
presidente, Paulo Vistas, torna pública a sua total subserviência ao
ex-autarca", conclui.
Também o vereador do PSD Alexandre Luz estranhou que a informação chegue um ano depois da decisão.
"Acho
que neste momento o doutor Isaltino deve ser preservado e não sujeito a
mais polémicas, até pela situação em que se encontra. Por isso,
estranho que esta informação apenas chegue à câmara nesta altura, um ano
após a sua decisão", sustenta.
Contactada pela Lusa, fonte da
Câmara de Oeiras esclareceu, numa nota escrita, que o documento
apresentado ao executivo e que será também apresentado à Assembleia
Municipal é somente para "dar conhecimento" das nomeações para os órgãos
de 2013 a 2016, reforçando que são "anteriores à detenção do doutor
Isaltino Morais".
A pena aplicada a Isaltino Morais, preso no
Estabelecimento Prisional da Carregueira por branqueamento de capitais e
fraude fiscal, termina em finais de abril de 2015.
O ex-autarca
já foi ouvido por uma juíza do Tribunal de Execução de Penas na Prisão
da Carregueira, devido ao pedido de mudança de regime de reclusão.
Isaltino quer cumprir metade da sua pena em casa com pulseira eletrónica.
Ainda
como presidente da Câmara Municipal de Oeiras, o ex-autarca foi detido a
24 de abril do ano passado, à porta do município, depois de esgotadas
todas as instâncias de recurso, com mais de três dezenas de apelos.
Em abril de 2014 decorre um ano de prisão de Isaltino Morais, condição mínima para que possa requerer a liberdade condicional.
* A política portuguesa vive num pantano de desonestidade e há políticos que são um verdadeiro nojo, Paulo Vistas não é diferente de Isaltino, são feitos do mesmo barro, isto é, lama.
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