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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Bispos portugueses acusam ONU de
. omitir relatórios da Santa Sé
. omitir relatórios da Santa Sé
O
porta-voz da Conferência Episcopal, padre Manuel Morujão, afirmou,
esta quarta-feira, que a Organização das Nações Unidas omitiu os
relatórios entregues uma semana antes pela Santa Sé, nas
recomendações que fez sobre casos de abusos sexuais na Igreja
Católica.
"Uma
semana antes desse relatório [da ONU], o representante da Santa Sé
em Genebra [na Suíça] tinha dado explicações orais - esteve um
dia a dar as explicações que lhe pediam -, e entregou relatórios
do que a Santa Sé tem feito", disse.
"Esses
dados, que são muito concretos - não são teorias -, são
diretivas, são práticas que se põem em andamento, certamente foram
omitidos. E isso é verdadeiramente lastimável numa instituição de
tanto prestígio", acrescentou.
O padre
Manuel Morujão falava aos jornalistas na sequência da reunião do
Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, órgão
delegado dos bispos portugueses, que este mês reuniu em Setúbal
para assinalar os 25 anos de episcopado de D. Gilberto dos Reis.
Manuel
Morujão reafirmou o empenho da igreja católica na luta contra os
abusos sexuais, mas lembrou que estes casos não são fáceis de
resolver, salientando que as Nações Unidas, por vezes, também são
acusadas de "abusos desumanos" em ações humanitárias.
"Seguramente
que as Nações Unidas também implementarão, em diversos campos em
que são responsáveis, aquilo que pedem à Igreja",
acrescentou.
O padre
Manuel Morujão revelou ainda que os bispos portugueses vão publicar
duas notas pastorais, a primeira sobre o quinto centenário de
nascimento de Frei Bartolomeu dos Mártires, que propôs a renovação
da Igreja, desafiando os cardeais a uma "ilustríssima e
reverendíssima reforma".
A outra
nota pastoral, segundo Manuel Morujão, será sobre o centenário da
fundação da família paulista pelo padre Tiago Alberione, que
"abriu a igreja aos modernos instrumentos de comunicação
social".
* Dos senhores bispos portugueses, o que temos assistido mais nos últimos tempos, é a protecção incondicional de alguns padres pedófilos.
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