HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Crédito às famílias bate máximos de 2011
O novo crédito às famílias e PME atingiu em Dezembro o valor mais alto em mais de dois anos
Os bancos nacionais concederam mais 855 milhões de euros de crédito
em Dezembro, num movimento que foi acompanhado por uma queda transversal
das taxas de juro exigidas nestes empréstimos. Face a 2012 as
instituições financeiras emprestaram mais 2,6 mil milhões de euros no
último ano, num sinal consistente de inflexão das condições de
financiamento da economia nacional.
A tendência de aumento da
concessão de crédito foi sentida em todos os segmentos. A maior fatia
pertenceu no entanto às grandes empresas, cujo montante total atingiu os
3.024 milhões de euros em Dezembro, mais 523 milhões face ao mês
anterior, segundo os dados revelados hoje pelo Banco de Portugal.
Já
as pequenas e médias empresas viram o seu financiamento aumentar em 215
milhões de euros, para 1.800 milhões em Dezembro, o valor mais alto em
dois anos. A maior surpresa veio no entanto do crédito a particulares,
que aumentou para o valor mais elevado desde 2011, sinalizando que a
melhoria das condições de financiamento está a começar a estender-se
também ao segmento das famílias.
Os bancos emprestaram em
Dezembro 211 milhões de euros para crédito à habitação e 217 milhões
para consumo, ambos em máximos de final de 2011. Também o novo crédito
para outros fins - constituído principalmente para os empresários em
nome individual - registou um aumento de 67 milhões de euros, para um
total de 259 milhões em Dezembro.
E as boas notícias não se ficam por aqui. Ao aumento da concessão de
crédito junta-se a queda dos juros cobrados pelas instituições, que
recuaram em todos os fins com excepção do crédito ao consumo, onde a
taxa de juro média aumentou de 9,47% para 9,53%.
Já na habitação
os juros médios (TAEG) corrigiram de 4,07% para 3,96%, em mínimos de
Novembro de 2010. Também as empresas beneficiaram desta tendência e
viram a taxa de juro exigida recuar dos 4,75% para 4,6% no caso das
grandes empresas, e de 6,14% para 5,89% para as PME. Ambos em mínimos de
três anos.
A correcção das taxas de juro cobradas no crédito
fica a dever-se exclusivamente ao corte de ‘spreads' e comissões, já que
a média dos indexantes ficou inalterada em Novembro (mês de referência
para os créditos concedidos em Dezembro).
*
- Grandes empresas -
3.024 milhões de euros
- PME's - 1.800 milhões
- Crédito à habitação - 211 milhões
- Crédito ao consumo - 217 milhões
É equilibrada esta distribuição???
.
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