HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Astrónomos perto de encontrar
planeta rico em água
O planeta Kepler-78b é apenas 20% maior do que a Terra e orbita à enorme velocidade de três rotações por dia.
Os astrónomos estão mais perto de encontrar um
planeta rico em água, como a Terra, depois de ter sido testada uma nova
tecnologia que deteta braves mudanças na luz das estrelas, avançou esta
quinta-feira o site 'Science World Report'.
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Com
recurso a um espetrógrafo - equipamento que realiza o registo
fotográfico de um espectro luminoso - ultrassensível, investigadores
financiados pela União Europeia conseguiram, pela primeira vez,
identificar um planeta rochoso, rico em ferro, a milhares de milhões de
quilómetros de distância.
Os investigadores do
projeto 'ETAEARTH', coordenado por Alessandro Sozzetti, do Instituto
Nacional de Astrofísica de Itália, treinaram-no com uma estrela a 400
anos-luz de distância, na constelação Cygnus, para capturarem as
pequenas flutuações de luz causadas pelo planeta Kepler-78b. É apenas
20% maior do que a Terra e orbita à enorme velocidade de três rotações
por dia. Foi graças a esta órbita apertada que os investigadores
conseguiram identificar a sua massa e densidade.
"Foi
um grande desafio alcançar esta elevada exatidão, mas no final
conseguimos. Sabemos hoje que o Kepler-78b tem apenas 60% mais massa do
que a Terra", disse Lars Buchhave, astrónomo no Centro de Astrofísica de
Harvard-Smithsonian, em Massachussets, Estados Unidos.
PODE NÃO SER UM PLANETA QUE OS HUMANOS QUEIRAM VISITAR
No
entanto, isto não quer dizer que o Kepler-78b seja um planeta que os
humanos queiram visitar. A sua proximidade em relação à sua estrela
significa temperaturas tão altas que derretem a rocha na superfície e
removem qualquer atmosfera.
PROBLEMA PARA OS 'CAÇADORES DE PLANETAS'
Para
um planeta poder ter vida, os cientistas acreditam que ele deve
situar-se na chamada zona habitável - uma distância precisa
relativamente a uma estrela onde a temperatura é a necessária para que a
água exista em estado líquido. O maior problema para os 'caçadores de
planetas', na busca dessa oscilação, é eliminar os efeitos da atividade
na superfície da estrela.
"Se conseguirmos
resolver esse problema, estaremos numa posição muito melhor para detetar
planetas com a massa da Terra a orbitar zonas habitáveis de estrelas do
tipo do Sol", disse Andrew Cameron, que dirige a Escola de Física e
Astronomia da Universidade de Saint Andrews, Reino Unido.
* Por favor, encarecidamente pedimos, arranjem um planeta com água e vinho para enviar o governo e os seus amigalhaços para lá.
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