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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Queda do ouro e alta das obrigações
. fazem subir dívida externa nacional
A posição líquida de investimento internacional, a
medida mais ampla das responsabilidades assumidas perante o exterior,
aumentou para 118,9% do PIB, puxada pela desvalorização do ouro e pela
subida do preço da dívida pública nacional. Considerando apenas os
instrumento de dívida, o Banco de Portugal evidencia que a dívida
externa líquida baixou para 103% do PIB no ano passado.
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A posição de investimento internacional
de Portugal, a medida mais ampla das responsabilidades assumidas
perante o estrangeiro, atingiu 196,6 mil milhões de euros no ano
passado, o que corresponde a 118,9% do PIB, divulgou o Banco de Portugal no Boletim Estatístico.
Trata-se de um agravamento face aos 116,1% do PIB registados em 2012 e
que traduz um agravamento de 2,7% do PIB no ano passado.
A posição líquida de investimento internacional (PII), resulta da
diferença entre os activos estrangeiros detidos por residentes e os
activos nacionais detidos por estrangeiros. Dito de outra forma, mede a
diferença entre o stock de activos e de passivos de natureza financeira
entre um país e o resto do mundo. É por isso considerada como a medida
mais ampla de endividamento externo da economia e frequentemente usada
para avaliar o desequilíbrio externo do País - veja-se por exemplo a última recomendação da Comissão Europeia para cortar salários em Portugal com o objectivo de reduzir o saldo negativo da PII.
O Banco de Portugal, no relatório hoje publicado, explica que como a
posição de investimento internacional é avaliada a valor de mercado, a
sua evolução é determinada, não apenas pela variação dos activos e
passivos face ao exterior registada na balança financeira, mas também
por variações de preço, cambiais ou outras variações desses mesmos
activos e passivos.
As variações de preços que influenciaram o endividamento externo do país
- Desvalorização do ouro, que afectou os activos de reserva da autoridade monetária;
- Valorização de títulos emitidos pelo Estado Português, detidos por não residentes;
- Valorização de acções de bancos e sociedades não financeiras residentes, detidas por não residentes.
Fonte: Banco de Portugal
- Valorização de títulos emitidos pelo Estado Português, detidos por não residentes;
- Valorização de acções de bancos e sociedades não financeiras residentes, detidas por não residentes.
Fonte: Banco de Portugal
E foi sobretudo a variação de preços que determinou o agravamento do endividamento externo. Por um lado o ouro detido pelo Banco de
Portugal desvalorizou de forma significativa o que reduziu o valor dos
activos portugueses sobre o exterior. O preços do metal precioso caiu
28% em 2013.
O que é a posição de investimento internacional
Dá-nos a saúde
da economia do país face ao exterior, resultando da diferença acumulada
entre activos (disponibilidades) e passivos (responsabilidades) que o
país detém com o exterior.
Quando a posição de investimento internacional líquida é negativa, traduz o endividamento externo (privado e público) de um país.
. Investimento directo no exterior (Activo) e do exterior (Passivo); onde se inclui o investimento imobiliário.
. Investimento de carteira (títulos sob a forma de acções, unidades de participação e obrigações): regista a compra por residentes de títulos emitidos por não residentes (Activo) e a venda a não residentes de títulos emitidos por residentes (Passivo).
. Outro investimento: compreende todos os empréstimos bancários concedidos ao exterior (Activo) ou recebidos do exterior (Passivo)
. Derivados Financeiros
. Activos de Reserva: reservas em divisas e ouro na posse do Banco Central (Activo).
Fonte: Fundação Francisco Manuel dos Santos
Quando a posição de investimento internacional líquida é negativa, traduz o endividamento externo (privado e público) de um país.
Componentes da posição de
investimento internacional:
. Investimento directo no exterior (Activo) e do exterior (Passivo); onde se inclui o investimento imobiliário.
. Investimento de carteira (títulos sob a forma de acções, unidades de participação e obrigações): regista a compra por residentes de títulos emitidos por não residentes (Activo) e a venda a não residentes de títulos emitidos por residentes (Passivo).
. Outro investimento: compreende todos os empréstimos bancários concedidos ao exterior (Activo) ou recebidos do exterior (Passivo)
. Derivados Financeiros
. Activos de Reserva: reservas em divisas e ouro na posse do Banco Central (Activo).
Fonte: Fundação Francisco Manuel dos Santos
Já a valorização das obrigações soberanas portuguesas teve um efeito
contrário, pois aumentou o valor da dívida portuguesa que é detida por
investidores estrangeiros. Também a subida da cotação das acções dos
bancos e outras cotadas portuguesas elevou a posição que os investidores
estrangeiros detêm em activos portugueses.
O Banco de Portugal revela ainda que a dívida externa líquida de Portugal (um medida mais restrita que inclui as posições
do investimento directo, os títulos de dívida de longo e curto prazo
englobados no investimento de carteira e o total do outro investimento,
mas retira acções em carteira e ouro), baixou 0,5 pontos percentuais para 103% do PIB em 2013, ascendendo a 170,4 mil milhões de euros.
* Onde é que está o milagre????
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