10/12/2013

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS 
DA MADEIRA"

Resolução subscrita por Nuno 
Teixeira trava relatório para 
reforço de direitos sexuais

O Parlamento Europeu inviabilizou hoje a votação em plenário de um relatório da eurodeputada socialista Edite Estrela para reforçar os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, depois de aprovar uma resolução de deputados do Partido Popular Europeu.

A aprovação desta resolução subscrita por vários eurodeputados do Partido Popular Europeu (entre os quais os social-democratas Nuno Teixeira, Paulo Rangel e Regina Bastos) e também dos Conservadores e Reformistas Europeus, que invocava a violação do princípio da subsidiariedade, teve como efeito a anulação da votação do relatório da eurodeputada do PS.

O momento da votação gerou vários protestos no plenário do Parlamento Europeu e uma dura resposta do eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo à intervenção de Edite Estrela, que considerou "vergonhosa" a atitude dos deputados conservadores e populares e pediu que o seu nome fosse retirado do documento aprovado. "Lamento que por poucos votos a hipocrisia e o obscurantismo se tenham sobreposto aos legítimos direitos das mulheres. Podem gritar que eu não me calarei, não me intimidam, não tenho medo", afirmou a eurodeputada socialista, perante um sonoro protesto de vários eurodeputados conservadores.

O relatório de Edite Estrela, cuja votação já tinha sido adiada em outubro e sofreu algumas alterações, aprovadas em comissão a 26 de novembro, defendia o acesso a serviços de interrupção voluntária da gravidez legais e seguros e uma educação sexual abrangente em toda a União Europeia. Na única réplica em plenário à eurodeputada do PS, Nuno Melo acusou Edite Estrela de ser "uma democrata de circunstância". "Em democracia ganha-se e perde-se, um verdadeiro democrata aceita e conforma-se com as votações dos plenários quando é derrotado, tal qual fica satisfeito quando é vencedor. Não admito que nos insultem de hipócritas, a deputada Edite Estrela tem direito à sua opinião, tal qual eu tenho direito à minha opinião, não a insulto por muito que a considere radical", afirmou.

* Edite Estrela a democrata de circunstância, Nuno Melo o peremptório machista.

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