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Práticas da NSA devem ser objecto de
. revisão generalizada, diz comissão
Este grupo, criado por Obama no seguimento da exposição do amplo programa de espionagem da NSA, emitiu 46 recomendações
As práticas da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em
Inglês) dos EUA devem ser objeto de uma revisão generalizada, mas
mantendo “robustas” capacidades de obtenção de informação, propôs uma
comissão de peritos ao Presidente norte-americano, Barack Obama.
Este grupo, criado por Obama no seguimento da exposição do amplo
programa de espionagem da NSA, emitiu 46 recomendações, entre as quais
reformas do tribunal para a segurança nacional, cujas atividades não são
públicas, e o fim da retenção da meta-informação relativa às chamadas
telefónicas, como origem, destino e duração.
O documento, com 308 páginas, entregue a Obama na última semana e
divulgado hoje, sugere mudanças para reequilibrar os interesses da
segurança nacional e a obtenção de informações com a privacidade e a
“proteção da democracia, liberdades civis e o papel da lei”.
“Não estamos a dizer que a luta contra o terrorismo acabou”, realçou
um dos membros da comissão, Richard Clarke, que foi assessor
presidencial para o contraterrorismo.
Clarke, que se juntou a outros membros da comissão durante um
encontro com a imprensa, acrescentou que existem “mecanismos que podem
ser mais transparentes, podem ter mais controlo independente” e
mencionou a necessidade de “dar ao público um sentido de confiança que
vá para lá do que existe hoje”.
O relatório também defende “passos significativos” para “proteger a
privacidade de pessoas não americanas” e apelou para mais cooperação com
os aliados para evitar problemas diplomáticos como os ocorridos com a
revelação da recolha de informação pela NSA junto de líderes aliados.
Os membros da comissão – Richard Clarke, Michael Morell, Geoffrey
Stone, Cass Sunstein e Peter Swire – asseguram que as recomendações não
significam necessariamente uma redução da obtenção de informação,
incluindo sobre líderes estrangeiros, mas esta vigilância tem de ser
orientada por padrões e dirigentes de topo.
“Numa sociedade livre, os dirigentes públicos nunca devem promover
espionagem para punir inimigos políticos, para restringir a liberdade de
discurso ou religiosa, para suprimir criticas e dissensões legítimas,
para ajudar as empresas ou indústrias preferidas, para dar às empresas
nacionais uma vantagem concorrencial injusta, ou para beneficiar ou
prejudicar membros de grupos definidos em termos de religião, etnia,
raça e género”, sustenta-se no documento.
* Tão má como nomenklatura putiniana, só a hipocrisia americana.
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