HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Revolta na oncologia
Médicos pedem intervenção da ordem porque dizem que os doentes são prejudicados
Metade dos oncologistas do País, num
total de 67 especialistas, manifestou ontem indignação com a criação de
três centros de referenciação para a oncologia e pediu a intervenção da
Ordem dos Médicos.
Numa carta assinada pelos 67 médicos é contestado que os pedidos das terapêuticas inovadoras sejam "fundamentadamente formulados" pelos centros de referenciação, a funcionar nos três institutos portugueses de oncologia. Isso significa que todos os hospitais que tratam doentes de cancro ficam impossibilitados de pedir as terapêuticas à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
Numa carta assinada pelos 67 médicos é contestado que os pedidos das terapêuticas inovadoras sejam "fundamentadamente formulados" pelos centros de referenciação, a funcionar nos três institutos portugueses de oncologia. Isso significa que todos os hospitais que tratam doentes de cancro ficam impossibilitados de pedir as terapêuticas à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
No documento, a que o
Correio da Manhã teve acesso, os oncologistas alegam que os interesses
dos doentes não são salvaguardados porque não fica garantida a
"igualdade no acesso às melhores e mais adequadas terapêuticas". Luís
Costa, oncologista do Hospital de Santa Maria e um dos subscritores,
afirma que "os centros vão aumentar a desconfiança de doentes e
médicos".
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva,
afirma ao CM que os "doentes vão ser prejudicados porque os centros vão
criar mais entraves aos pedidos de autorização especial de medicamentos"
e deu o exemplo do pedido de um remédio rejeitado pelo IPO de Lisboa.
* Esta revolta tem razão de ser, há excelentes Serviços de Oncologia nos hospitais civis que serão altamente prejudicados com esta medida. A título de exemplo, o serviço de Sta Maria é excelente na qualidade, profissionalismo e humanidade de todos os funcionários, temos essa experiência.
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