HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Ajuda humanitária às Filipinas
Comunidade internacional envia
cerca de 230 milhões de dólares
A comunidade internacional já anunciou o envio de cerca de 230 milhões de dólares para as Filipinas, atingidas pelo tufão Haiyan na semana passada e onde as necessidades urgentes estão estimadas em mais de 300 milhões de dólares.
A passagem do tufão, na passada sexta-feira, causou mais de 2300 mortos, segundo dados oficiais, além de quase 4000 feridos.
Diversos países e organizações internacionais estão a enviar apoio financeiro e material, além de comida e medicamentos para as Filipinas.
As Nações Unidas já estimaram em 301 milhões de dólares (223,5 milhões de euros) as necessidades básicas urgentes naquele país.
De Portugal, a ajuda às Filipinas surge na forma de dois voluntários da Assistência Médica Internacional (AMI), que estão no terreno a avaliar a situação, e de um donativo de 25.000 euros da Cáritas Portuguesa "para ajuda imediata e de emergência".
O Governo português anunciou hoje, em comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que vai apoiar ações de ajuda humanitária nas Filipinas através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, “em parceria com organizações que já se encontram no terreno”.
De acordo com um balanço realizado até às 16:00 GMT de hoje (mesma hora em Lisboa), a ajuda internacional ascende a 229,2 milhões de dólares (cerca de 170 milhões de euros).
As Nações Unidas prometeram enviar 25 milhões de dólares, enquanto a Comissão Europeia ofereceu 13 milhões de euros.
Os Estados Unidos, aliados históricos das Filipinas, atribuíram 20 milhões de dólares àquele país, para onde também enviaram o porta-aviões ‘George Washington’, com uma guarnição de 5.000 elementos e mais de 80 aeronaves, transportando essencialmente material de dessalinização de água do mar. Também a agência humanitária norte-americana USAID desbloqueou 20 milhões de dólares.
O Reino Unido desbloqueou uma verba de 32 milhões de dólares, enviando um porta-helicópteros com capacidade para 22 mil toneladas de material e um avião Antonov, que vai ajudar na limpeza dos detritos.
A China, que mantém disputas territoriais com as Filipinas no mar do sul da China, ofereceu inicialmente cem mil dólares, mas, confrontada com críticas, anunciou depois um apoio adicional de 10 milhões de yuan (1,2 milhões de euros), sob a forma de coberturas, tendas e outros materiais.
Os franceses enviaram um carregamento de uma dezena de toneladas de tendas, lonas, kits de cozinha e enlatados, enquanto Espanha – que colonizou as Filipinas e converteu ao catolicismo os nativos no século XVI -, fretou um avião com 33 técnicos de saúde e material médico.
A Noruega comprometeu-se com 65 milhões de coroas (10,5 milhões de dólares), dos quais 25 milhões retirados de 380 milhões alocados por Oslo no início deste ano para o Fundo Central de Resposta de Emergência (CERF) das Nações Unidas.
A Austrália prometeu 21 milhões de euros, enquanto os Emirados Árabes Unidos e o Kuwait, onde trabalham muitos filipinos, disponibilizaram 10 milhões de dólares cada, tanto como o Japão.
O Canadá anunciou o envio de equipas de resgate, com 35 a 50 militares, e ofereceu cinco milhões de dólares às organizações não-governamentais a prestar socorro aos sobreviventes do tufão.
A Suécia mandou uma equipa de 21 especialistas em catástrofes naturais de seis nacionalidades europeias.
A Alemanha prometeu 23 toneladas de equipamentos, a Indonésia vai doar dois milhões de dólares e o Vietname, igualmente atingido pelo tufão, mas onde apenas se registaram algumas vítimas e danos menores, ofereceu cem mil dólares.
O Programa Alimentar Mundial distribuiu arroz a 50 mil pessoas, enquanto a UNICEF enviou um avião com 60 toneladas de produtos, entre os quais tendas e medicamentos. O fundo da ONU para a infância vai ainda disponibilizar equipamentos de saúde, purificadores de água e kits de emergência, com sabão, cobertores e roupas.
Os Médicos Sem Fronteiras enviaram quase 330 toneladas de medicamentos, tendas e produtos de higiene e a Organização Internacional do Trabalho abriu um programa para apoiar os três milhões de filipinos que perderam os seus empregos ou meios de subsistência.
O tufão Haiyan atingiu na sexta-feira passada as Filipinas com ventos de cerca de 300 quilómetros por hora, causando uma enorme devastação no centro do país, especialmente nas ilhas de Leyte e de Samar.
As autoridades filipinas elevaram hoje para 2.357 o número oficial de mortos provocados pelo tufão, que está a ser considerado como a terceira catástrofe natural mais mortífera da história daquele país. Organizações internacionais estimam que o número de mortos possa superar os 10.000.
O Conselho para a Gestão e Redução de Desastres das Filipinas, órgão que prossegue com o lento processo de contagem das vítimas, informou ainda, no seu mais recente relatório, do registo de um total de 3.853 feridos e de 77 desaparecidos.
* Uma tragédia que não nos pode deixar indiferentes, veja se pode contribuir.
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