HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Rangel diz ser "uma evidência"
que Orçamento será "muito duro"
para os portugueses
O eurodeputado Paulo Rangel afirmou hoje ser "uma
evidência" que o próximo Orçamento do Estado será "muito duro", receando
que o Tribunal Constitucional (TC) venha a declarar inconstitucionais
algumas das medidas previstas para 2014.
"É uma evidência", os
portugueses "podem esperar um orçamento muito duro para a vida das
famílias, das empresas, da função pública em geral, porque obviamente
temos que cumprir um conjunto de critérios tão apertados, tão apertados,
mas que apesar de tudo são a única solução presente para evitar uma
situação ainda pior, um eventual segundo resgate", afirmou Paulo Rangel,
que participou numa conferência sobre "A Constituição em tempos de
crise", promovido pelo Centro Regional do Porto da Universidade
Católica.
Considerando que Portugal vai ter "momentos particularmente
severos", Paulo Rangel entende, contudo, que o país vive "um estado de
necessidade" e isso "justifica medidas excepcionais".
Para o social-democrata, é "evidente" que num tempo de crise
a "realidade é uma das componentes da Constituição, que não é só um
texto".
"Desejo que o Governo seja muito criterioso a fazer estas
leis, e que as fundamente muito bem para minimizar os riscos, e que o
TC, tendo em conta a emergência da situação e a perspectiva não
totalmente afastada de um 2.º resgate, que levaria necessariamente a
medidas ainda piores do que estas, flexibilize um pouco os seus
critérios. [Desejo] que haja aqui uma aproximação de posições",
sublinhou.
Para Rangel, o TC "tem uma interpretação conservadora" mas
talvez tivesse sido possível não ter tomado "decisões tão más para as
pretensões da maioria e do Governo, que querem cumprir o programa de
ajustamento, se houvesse mais cuidado na feitura da legislação e mais
cuidado no seu enquadramento".
"Acho que era possível fazer legislação melhor, mais de
acordo com os critérios do TC, sem perder a eficácia de poupança e a
eficácia de arrecadação de receitas, e era possível fundamentar melhor,
especialmente ter um enquadramento, no fundo, perceber-se quais são
todos os instrumentos do plano, para que se torne claro para o TC qual é
a funcionalidade, qual o peso de cada uma das leis que vai fiscalizar",
sustentou.
O eurodeputado entende que o TC "tem já uma tendência
particularmente clara" e um eventual chumbo de medidas previstas no OE
para 2014 "trará muitas dificuldades a Portugal no plano internacional",
bem como "muitos problemas na situação interna", agravando-a.
O social-democrata afirmou que "a queda deste regime é
evidente" e "este dá sinais muito sérios de fadiga, de uma fadiga tal,
que poderá levar a sua substituição".
"Isto não significa que o regime a seguir não seja democrático, mas poderá ter que ter outras características", disse.
Sobre os cortes nas pensões, Paulo Rangel afirmou ser
"totalmente a favor na convergência de regimes", mas advertiu para o
"efeito cascata", lembrando que "há um limite a partir do qual os
sacrifícios exigidos já são demasiado onerosos".
* Este políticos são palavrosos e pantomineiros, o país não estaria nesta malvada situação se não fosse a má gestão por eles praticada quer os do poder, quer os da oposição, ainda por cima não assumem responsabilidades, são inimputáveis de prestígio.
É por isso que repetimos que a actual classe política tem de ser varrida, nova gente com novos partidos para arrumar estes trastes.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário