24/10/2013

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

 Polícia Federal brasileira põe fim a rede de tráfico
. internacional de mulheres
 Portugal era um dos países visados 

 A Polícia Federal brasileira informou que a rede de tráfico internacional de mulheres desarticulada hoje pela corporação, que levava brasileiras para Angola, atuava também em Portugal, na África do Sul e na Áustria.

 Os criminosos levavam as mulheres para fora do Brasil por uma semana, e ofereciam-nas a clientes de elevado poder económico, pagando entre 10 mil dólares (7290 euros) e 100 mil dólares (72,9 mil euros), detalhou a polícia em conferência para a imprensa. 


 A maior parte do tráfico era feita para Angola, motivo pelo qual a operação foi batizada de "Garina" (menina, na gíria angolana). Cinco pessoas envolvidas no processo foram presas, entre elas o empresário, um administrador e três aliciadores da rede.
Outros onze mandados de busca e apreensão foram realizados nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos, todas no estado de São Paulo, na região sudeste do Brasil. A rede também agia na região sul do país, segundo a polícia. 

Dois estrangeiros, cujas nacionalidades não foram divulgadas, e que se encontram fora do Brasil, também tiveram a sua prisão decretada pela justiça brasileira e os seus nomes foram incluídos na lista mundial de procurados da Interpol. 

As mulheres eram aliciadas em casas de diversão noturna de São Paulo e da região sul do Brasil pelos membros da rede, que ofereciam a partir de 10 mil dólares (7290 euros) para que elas se prostituíssem durante uma semana. 

Ainda segundo a assessoria da Polícia Federal brasileira, as investigações encontraram provas de que brasileiras "do meio artístico" receberam até 100 mil dólares (72,9 mil euros) para se relacionarem sexualmente com um rico empresário e ex-parlamentar de Angola. 


 "Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente da sua liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros", diz o comunicado da Polícia brasileira, acrescentando que as vítimas recebiam, nesses casos, um falso tratamento de medicamentos anti-SIDA. 

A investigação acredita que os criminosos movimentaram cerca de 45 milhões de dólares (14,7 milhões de euros) com o tráfico internacional destas mulheres, nos últimos seis anos. 

* Qualquer tipo de tráfico, o de seres humanos é especialmente insidioso, tem de ser ferozmente combatido em todo o mundo.

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