15/10/2013

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HOJE NO

" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Criminosos ameaçam fazer
 um "Mundial do terror"

A organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, ameaçou hoje levar o terror ao Mundial de Futebol e às eleições de 2014 caso os seus chefes detidos sejam transferidos para um regime disciplinar mais restritivo. 

As ameaças foram intercetadas pela polícia em telefonemas e divulgadas hoje pelo jornal O Estado de São Paulo. As conversas entre os criminosos deixaram a Polícia Militar de São Paulo em estado de alerta. 

O Ministério Público paulista pediu a transferência de 32 membros da organização detidos para o regime disciplinar diferenciado, que é mais restritivo, após terminar uma investigação de três anos sobre o grupo, cujo resultado mostrou há controle sobre o tráfico de drogas de dentro das penitenciárias. 

A investigação também apontou que o PCC está em 22 estados brasileiros, e em outros dois países: Paraguai e Bolívia. O grupo controla 90% dos presídios de São Paulo, tem uma facturação anual de 40 milhões de euros e planejou matar o governador do Estado, Geraldo Alckmin.
Nas conversas intercetadas, membros do PCC afirmam que, caso os líderes sejam transferidos para o regime disciplinar mais restritivo, irão fazer uma greve nos presídios, impedindo a entrada de novos reclusos e recusando-se a ficar dentro de celas. 

No caso de o governo reagir à greve com forças policiais, o PCC prometeu organizar ataques nas ruas. As orientações foram feitas por telefonemas de dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. A cúpula da organização também já teria escolhido substitutos para os cargos principais, caso os chefes fiquem incomunicáveis no novo regime disciplinar.
"O clima é muito tenso da região. Eles estão transmitindo ordens pelos celulares porque querem que a gente saiba", afirmou ao diário brasileiro um dos promotores que participou da investigação sobre o grupo. 


O comandante-geral da Polícia Militar paulista, o coronel Benedito Roberto Meira, afirmou ter pedido aos agentes que redobrem a atenção no atendimento de ocorrências e no caminho para suas casas, em entrevista para O Estado de São Paulo.

No ano passado, uma onda de violência promovida pelo PCC culminou no assassinato de pelo menos 106 polícias militares.

A Justiça brasileira analisa dois recursos da Promotoria, um sobre a transferência dos chefes da organização para o Regime Disciplinar Diferenciado e outro sobre a prisão de 175 membros do grupo. 

* Criminoso não brinca e governo brasileiro tem pavor, "podi iscrevê"

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