Portugal dos grandes
Os partidos mais pequenos não marcaram as eleições autárquicas.
A direita perdeu e a
esquerda ganhou. Desta vez, a direita perdeu sem que a responsabilidade
maior fosse do CDS– o derrotado foi o PSD – e a esquerda ganhou sem que o
mérito principal fosse do Bloco – o vencedor foi a CDU. Os partidos
mais pequenos não marcaram a ida às urnas, a primeira no Portugal
troika. A derrota do PSD era expectável. Os sociais-democratas, não
satisfeitos com o desgaste consequente à sua "governação", escolheram
dois candidatos recauchutados para as câmaras de Lisboa e Porto.
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Seara de Sintra na capital e Menezes de Gaia na Invicta tiveram derrotas humilhantes.
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E
merecidas. Quanto à vitória da CDU, o voto de protesto fez caminho e
Jerónimo de Sousa sai mais reforça do que nunca. A nova liderança do
Bloco de Esquerda não passa no teste e o PS conseguiu alcançar um
resultado satisfatório. Talvez o suficiente.
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O que
começará este outubro é uma outra história. O Presidente da República
não quis que estas eleições fossem também legislativas, esclarecendo se
Passos ainda tem a legitimidade de 2011. Assim, se este governo já
estava moribundo, depois destas eleições e com a coligação que o suporta
ainda mais fragilizada (veja-se o caso do Porto), está morto e
enterrado. Como é que tal executivo vai fazer o orçamento e impor mais
cortes violentos é uma impossibilidade que Cavaco Silva deverá agora
resolver no contexto de… um país previsível.
IN "CORREIO DA MANHÃ"
30/09/13
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IN "CORREIO DA MANHÃ"
30/09/13
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