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Portugal confirma que cancelou sobrevoo e aterragem de Morales
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou, esta
quarta-feira, ter cancelado por "considerações técnicas" o sobrevoo de
Portugal e aterragem em Lisboa do avião do presidente da Bolívia, Evo
Morales, na segunda-feira à tarde.
Em comunicado, o Ministério dos
Negócios Estrangeiros (MNE) acrescenta que a interdição de sobrevoo do
espaço aéreo português foi levantada às 21.10 horas do mesmo dia,
mantendo-se no entanto a interdição de aterragem "por considerações
técnicas".
"No dia 1 de julho, segunda-feira, às 16.28 horas, foi comunicado às
autoridades da Bolívia que a autorização de sobrevoo e aterragem,
solicitada para o percurso de regresso Moscovo/La Paz, estava cancelada
por considerações técnicas", lê-se no comunicado.
"Perante o pedido de esclarecimento das autoridades bolivianas, recebido
às 19.19 horas desse dia, foi esclarecido às 21.10 horas que as
considerações de ordem técnica não obstavam ao sobrevoo do espaço aéreo
nacional, tendo para tal sido expressamente concedida nova autorização
de sobrevoo. Apenas a aterragem não seria possível por considerações
técnicas", acrescenta o texto.
Segundo o MNE, as autoridades bolivianas "continuaram a insistir na
aterragem do avião presidencial em Lisboa" e, apesar de "múltiplos
contactos por via diplomática" feitos na segunda e na terça-feira,
"insistiram inicialmente em submeter junto das autoridades aeronáuticas
internacionais um plano de voo que previa a aterragem em Lisboa para
reabastecimento".
Só na tarde de terça-feira, explica o comunicado, é que "a Bolívia
submeteu um plano de voo prevendo o sobrevoo do espaço aéreo nacional" e
"aterragem em Las Palmas".
"Está autorizado hoje, como sempre esteve, o sobrevoo do território nacional", afirma o MNE.
O comunicado indica também que, na viagem de Morales entre La Paz e
Moscovo, realizada no dia 30 de junho, o avião presidencial boliviano
sobrevoou Portugal e aterrou em Lisboa para reabastecimento, tendo para
isso as devidas autorizações.
O Governo português "lamenta qualquer incómodo junto das autoridades
bolivianas, mas considera-se totalmente alheio a esse incómodo", que
considera ter sido provocado pela insistência das autoridades
bolivianas, "durante quase 24 horas", que "não aceitaram estudar um
percurso alternativo e insistiram num procedimento que teria violado a
soberania portuguesa".
O chefe da diplomacia da Bolívia, David Choquehuanca, afirmou na
madrugada de hoje que Portugal recusou a aterragem para reabastecimento
do avião presidencial por "suspeitas infundadas" de que o ex-consultor
da CIA, Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos,
estava a bordo.
* Mais uma argolada do governo protagonizada por PP, se ainda fosse um submarino...
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