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Governo cria Rede de Apoio e
Protecção a Vítimas de Tráfico
Teresa Morais explicou que a Rede de Apoio “é uma rede de cooperação, de partilha de informação”, que tem como finalidade “prevenir, proteger e reintegrar de maneira mais eficaz as vítimas de tráfico de seres humanos”
O Governo vai implementar uma Rede de Apoio e Proteção a Vítimas de
Tráfico (RAPVT), envolvendo várias organizações estatais e privadas que
irão cooperar e partilhar informação entre si com o objetivo de prevenir
e proteger as vítimas.
A formalização da RAPVT decorreu hoje à
tarde através da assinatura de um protocolo de compromisso pelas mãos da
secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e Igualdade, na
Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.
Em declarações à
agência Lusa, Teresa Morais explicou que a Rede de Apoio “é uma rede de
cooperação, de partilha de informação”, que tem como finalidade
“prevenir, proteger e reintegrar de maneira mais eficaz as vítimas de
tráfico de seres humanos”.
A secretária de Estado adiantou que
esta rede estava já prevista no Plano Nacional contra o Tráfico de Seres
Humanos através de uma medida incluída na área “Proteger e Assistir”,
que ainda não tinha sido executada.
De acordo com Teresa Morais,
neste projeto estão envolvidas dezenas de entidades privadas, entre
organizações não-governamentais e outras associações com trabalho
desenvolvido na área.
Já em relação às entidades públicas, a
secretária de Estado adiantou que integram esta rede a Comissão para a
Cidadania e Igualdade de Género (CIG), o Alto Comissariado para a
Integração e Diálogo Intercultural (ACIDI), e a direção-geral de
política externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Estão
também presentes o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a Polícia
Judiciária, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), a
Direção-geral de Saúde, o Instituto da Segurança Social e o Observatório
do Tráfico de Seres Humanos.
“O que se pretende é que [esta rede]
contribua para um trabalho em conjunto, em que todas [as entidades]
farão parte de uma rede em que partilham informação, estratégias e
capacidades para melhor identificar as situações e melhor acudir às suas
vítimas, às vítimas de tráfico”, explicou Teresa Morais.
A
secretária de Estado sublinhou que o tráfico de pessoas “é uma realidade
muito pesada” na Europa, à qual “Portugal não escapa”.
“O tráfico
de seres humanos é uma violação grave dos direitos humanos, que coloca
as pessoas em situação de grande dependência e por isso todos os estados
estão obrigados a levar a cabo medidas de combate”, alertou a
governante.
Teresa Morais disse ainda que esta rede “vai exigir
algum apoio financeiro”, uma vez que haverá custos inerentes à sua
operacionalidade e porque haverá atividades em comum, como campanhas de
sensibilização ou ações de formação, mas acrescentou que a verba em
causa só será definida no plano de atividades que vier a ser aprovado na
primeira reunião de trabalho.
* Vale mais tarde....
.
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