HOJE NO
"PÚBLICO"
Quatro prémios Nobel em Lisboa para discutir o futuro da ciência
O evento na terça-feira, na Culturgest, é de entrada livre
O convite é aberto a todos. Amanhã na Culturgest, em Lisboa, quatro
prémios Nobel e outros investigadores estrangeiros de renome vão estar à
disposição da comunidade científica. O objectivo do A Nobel Day in Lisbon
é, segundo Renata Gomes, o de "ouvir os "problemas", desafios e
soluções dos cientistas portugueses e perceber o que se passa a nível
europeu através dos interlocutores estrangeiros", explica-nos a
investigadora que está a organizar o evento.
Os quatro prémios Nobel da Medicina que estarão presentes são o inglês
Richard J. Roberts, em 1993, o norte-americano Paul Greengard, premiado
em 2000, o norte-americano de origem inglesa Oliver Smithies, que ganhou
o prémio em 2007 e o inglês John Gurdon, que recebeu o galardão no ano
passado.
A biomedicina, como se pode ver pela escolha dos quatro cientistas, é a
aposta forte desta primeira edição. "É uma área muito relevante e de
sucesso em Portugal, com muito potencial para se desenvolver ainda
mais", explica Renata Gomes, que deseja que este dia se repita por mais
anos e com prémios Nobel de outras áreas. "Este evento é uma forma de
estimular todos a não desistirem da investigação científica. A motivação
e o incentivo são das coisas mais importantes na vida de um cientista
além da criatividade."
A investigadora portuguesa está a terminar o doutoramento na
Universidade de Oxford, Reino Unido. Desde 2007 que tinha a ideia de
realizar este dia, o que foi agora possível graças ao apoio de uma
empresa de consultadoria (Cunha Vaz Associates).
Durante a manhã, haverá dois painéis sobre questões de fundo: qual o
futuro da investigação científica e como esta será financiada. Na página
na Internet do evento (www.anobelday.com), pode-se fazer o registo para
participar. No mesmo sítio, John Martin, professor na University
College of London, resume, num vídeo-testemunho, o contexto
internacional deste dia: "Todos os países europeus estão em dificuldades
por causa do financiamento da ciência. Há uma necessidade de demonstrar
que a ciência é útil para a sociedade e isso pode levar a que a ciência
fundamental deixe de ser suficientemente financiada, o que é perigoso."
Segundo Renata Gomes, estarão pelo menos 400 portugueses envolvidos nos
dois painéis para a discussão destes temas com os conferencistas
estrangeiros. O objectivo é "combinar os dois pontos de vista para gerar
ideias e novas formas mais aperfeiçoadas de agir de forma a fomentar a
inovação e o progresso", sublinha Renata Gomes.
No testemunho, John Martin expõe a sua visão sobre o que Portugal
deverá fazer em relação à aposta na ciência: "Penso que Portugal tem de
se perguntar se quer investir em toda a ciência de uma forma modesta ou
apostar num aspecto da ciência com todos os seus recursos humanos e
financeiros. Essa é uma aposta arriscada mas que torna possível uma
descoberta portuguesa que tornará Portugal reconhecido."
Para o investigador, a segunda escolha é a mais correcta. Renata Gomes
concorda que o país deve centralizar o financiamento e os serviços. "O
dinheiro é pouco e investir numa área a fundo permite resultados com
mais impacto", defende, adiantando que Portugal é forte em áreas como as
neurociências, bioquímicas e nas bioengenharias.
Sangue, moléculas e ADN
À tarde haverá palestras sobre temas específicos relacionados com as
áreas de trabalho de três dos quatro prémios Nobel convidados. A
primeira, sobre o sistema sanguíneo, vai contar com Oliver Smithies que,
apesar dos seus 88 anos, continua a fazer ciência. Na década de 1980,
este investigador desenvolveu uma técnica decisiva para a produção dos
ratinhos alterados geneticamente onde se bloqueia um gene para estudar
doenças, um trabalho que lhe deu o Nobel. Hoje, continua a testar as
suas ideias para saber mais sobre a hipertensão e as mutações nas
células sanguíneas.
GURDON |
Paul Greengard vai estar na segunda sessão sobre moléculas e doenças. O
investigador ganhou o Nobel pelas suas descobertas sobre a forma como
as células neuronais comunicam entre si. Na palestra, o investigador vai
falar sobre como a depressão poderá ser tratada ao manipular-se apenas
uma pequena molécula.
A terceira e última palestra tem como título Do ADN até à função.
Richard J. Roberts, que ganhou o Nobel por descobrir a existência dos
intrões - regiões de ADN dentro de um gene que não contêm informação
útil para fabricar a proteína que o gene codifica -, irá falar da sua
investigação que faz nas bactérias.
John Gurdon, que ganhou o Nobel por reprogramar células adultas em
células pluripotentes, só participa como orador nas palestras da manhã.
* Um luxo, este encontro em Lisboa.
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1 comentário:
Essa Renata Gomes pode ser muito boa cientista, mas é uma vagabunda que anda metida com um homem casado e com 3 filhos. Há mais de um ano que ela sabe e não tem o mínimo escrúpulo em destroçar uma família e em fazer sofrer pessoas inocentes. Numa entrevista à LuxWoman refere-se a ele como seu noivo!!!! Até há bem pouco tempo dirigia-lhe comentários nominais no Google+, acessíveis a todos, numa atitude provocatória para com a esposa legítima. essa menina não presta!
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