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Universidade do Porto cria jogo
para ajudar crianças autistas
a reconhecer emoções
A ideia foi criar uma ferramenta terapêutica para que crianças autistas aprendessem a reconhecer as emoções transmitidas pelas expressões faciais de terceiros
Um
grupo de investigadores da Universidade do Porto criou um jogo de vídeo
para ajudar crianças com autismo a desenvolverem as suas capacidades
comunicativas e a reconhecerem as emoções nas expressões faciais de
outras pessoas.
Este jogo de vídeo demorou três anos a ficar
concluído e recorre a “uma nova tecnologia desenvolvida nos laboratórios
da Universidade do Porto para a indústria da animação e dos videojogos,
capaz de dar mais precisão e detalhe às expressões faciais de
personagens digitais”, lê-se no comunicado da instituição.
A ideia
foi criar uma ferramenta terapêutica para que crianças autistas
aprendessem, de um modo divertido e sem indução de stress, a reconhecer
as emoções transmitidas pelas expressões faciais de terceiros, dando
assim um passo para ultrapassar um dos principais obstáculos
reconhecidos pelos especialistas: a identificação de emoções em pessoas
com autismo e a consequente dificuldade em comunicar e estabelecer
relações com os outros.
O projecto, o primeiro do género a ser
desenvolvido em Portugal e que contou com o apoio e financiamento da
Microsoft Portugal, do programa UT Austin Portugal e da Fundação Ciência
e Tecnologia, é apresentado esta tarde, no Auditório da Faculdade de
Ciências da Universidade do Porto, a técnicos de saúde, membros de
associações de apoio a autistas e pais.
* Tudo o que se fizer por estas crianças nunca é o suficiente, mas a inteligência portuguesa está determinada em facilitar-lhes a vida.
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