HOJE NO
"PÚBLICO"
Jornalista do PÚBLICO
vence prémio AMI
- Jornalismo Contra a Indiferença
A organização distinguiu uma reportagem sobre filhos de
toxicodependentes. O galardão é partilhado com uma equipa da SIC
responsável por episódios da série "Momentos de Mudança".
A jornalista do PÚBLICO Ana Dias Cordeiro venceu, ex-aequo com
uma equipa da SIC autora de quatro episódios da série "Momentos de
Mudança", o prémio AMI - Jornalismo Contra a Indiferença. A distinção
foi atribuída pela reportagem "A infância deles consumida pelo vício dos
pais", sobre filhos de toxicodependentes.
Em comunicado, a AMI observa que "a reportagem de Ana Dias Cordeiro
aborda um tema esquecido mas marcante na sociedade portuguesa,
procurando descobrir as consequências da toxicodependência nas gerações
seguintes, sendo um trabalho original, único e comovente, entrando na
intimidade de adultos que nunca foram crianças".
O artigo
integra testemunhos de ex-toxicodependentes e de filhos, hoje adultos,
cujos pais estavam viciados na droga. "São filhos da geração que entrou
na droga nos anos 1970 e 80, com a chegada da heroína a Portugal e a
falta de respostas de tratamento. Muito mudou desde então. Já não há 100
mil toxicodependentes como em 1990. Os seus filhos cresceram,
construíram-se sozinhos. Muitos ficaram órfãos", lê-se no arranque da
reportagem.
O prémio é dividido com a equipa da SIC responsável por quatro trabalhos da série documental “Momentos de Mudança”, constituída pelos repórteres Cândida Pinto e João Nuno Assunção, por Jorge Pelicano (imagem) e Marco Carrasqueira (edição).
Na
opinião do júri, os trabalhos “Germano e Elisa – a entrega da casa”,
“Maria Amélia – Da casa ao lar”, “Vitor – o fecho da fábrica” e
“Alexandra – viver com o HIV” são "documentos marcantes, com imagens de
beleza extraordinária que contam a história do país, através de
histórias de vários portugueses".
O prémio, que totaliza 15 mil euros, será entregue no dia 19 de Junho.
O
júri atribuiu ainda menções honrosas a três trabalhos: “Vidas de
Solidão”, de Maria Augusta Casaca (TSF), com sonoplastia de Luís Borges,
sobre o suicídio de idosos na região de Odemira; “Coragem de Ensinar”,
de Conceição Queiroz (TVI), que aborda o tema dos professores vítimas de
violência na escola; e “Iraque: viagem ao centro do purgatório”, de
Ricardo J. Rodrigues (DN), "pela coragem e capacidade de contar uma
realidade que marcou o mundo".
* As nossas felicitações e respeito aos laureados, Portugal precisa da vossa inteligência!
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