17/05/2013

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Despedimentos e falências no horizonte dos grupos de media

A maioria dos gestores das empresa de media presentes em Portugal antecipa falências e fusões no mercado ao longo deste ano.

Perto de 90% dos gestores de media prevê mais despedimentos no sector este ano e uma "maioria considerável" antecipa a falência de grupos de media e consolidações no mercado. As conclusões são do "Barómetro da Comunicação 2013", citado pela Lusa.
ANA LEAL ALVO DA DITADURA

O inquérito, realizado 'online' a dirigentes de várias empresas e grupos de media presentes em Portugal, aponta como mais vulneráveis aos despedimentos "os colaboradores operacionais e de base, bem como 'freelancers' e pessoal em outsourcing". Outro cenário que é dado como certo pela maioria dos inquiridos é o congelamento dos salários para este ano no sector, "mesmo para quadros e técnicos superiores e administradores de topo e chefias".
A possibilidade de falência de grupos de media este ano e o surgimento de propostas de aquisição de grupos nacionais por investidores internacionais também é admitida por uma "maioria considerável" dos inquiridos. Quase unânime é a ideia de que não haverá condições para a criação de novos grupos empresariais no sector e que as fragmentações nos grupos de media poderão aumentar, assim como o número de aquisições e fusões.
As expectativas para o investimento também não são melhores: 63,7% dos inquiridos antecipa que o interesse dos investidores financeiros no mercado dos media irá diminuir, "levando a maior desinvestimento, principalmente no que aos media convencionais diz respeito". Com 95,5% dos inquiridos a afirmarem que o mercado está hoje mais dependente dos encargos financeiros junto da banca, antecipa-se uma "fraca ou nenhuma probabilidade de poderem surgir novos projectos
editoriais de imprensa" em 2013, "seja diária paga, semanal paga, ou gratuita".
O encerramento de títulos de imprensa, principalmente paga, é encarado como uma probabilidade média/elevada.

Por oposição, televisão e digital parecem ainda oferecer espaço para novos projectos: 57% dos inquiridos consideram que há "pouca probabilidade" de poder vir a ocorrer a extinção de canais nacionais e 68,2% veem como "provável" o surgimento de novos canais nacionais de televisão pagos, "para a grande maioria dos inquiridos existe também alguma probabilidade de poderem vir a ser criados novos jornais e canais de TV na Internet".

Na publicidade, antecipa-se que o investimento publicitário incida sobre a Internet e serviços móveis, com a imprensa e, embora em menor escala, da televisão a perderem peso.
Já relativamente às receitas, os inquiridos defendem que a principal origem de receitas da imprensa paga nos próximos cinco anos resultará da venda de espaços publicitários e de sítios na Internet,
enquanto na televisão serão reforçados os 'spots' de publicidade tradicional, seguidos dos concursos de chamadas de valor acrescentado e do 'product placement'.

* Para além do descrito na notícia acrescentem-se as perseguições laborais internas, os ditadorezecos de pacotilha e a sordidez de programas que arrebatam audiências e revelam a "fina" cultura do povo português.

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