HOJE NO
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PIB já leva uma queda acumulada
de 7,3% em 30 meses
A Universidade Católica lembrou hoje que o Produto Interno Bruto
(PIB) português já leva uma queda acumulada de 7,3% em 30 meses (dez
trimestres), destacando o "grau de risco" das atuais previsões oficiais
sobre o indicador.
"Uma estabilização do PIB (crescimento
trimestral nulo) até final do ano implicaria uma taxa de crescimento
média anual em 2013 de -2,3%, o que ilustra o grau de risco associado às
atuais previsões oficiais e a trajetória negativa recente da economia
portuguesa", aponta documento do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a
Economia Portuguesa (NECEP) hoje divulgado.
Para 2013, as
previsões do Governo e da 'troika' (Fundo Monetário Internacional,
Comissão Europeia e Banco Central Europeu) apontam para um recuo do PIB
de 2,3%.
O texto da Católica surge como análise aos dados mais
recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica que a
economia portuguesa registou uma queda de 3,9% no primeiro trimestre de
2013 em relação a igual período do ano passado.
Esta queda do
Produto Interno Bruto (PIB) revela uma aceleração da degradação da
economia, já que no último trimestre de 2012 a economia tinha registado
uma queda de 3,8% face aos últimos três meses de 2011.
Em termos
de variação em cadeia, os dados hoje divulgados mostram que a economia
portuguesa recuou 0,3% face ao último trimestre do ano passado, quando
no último trimestre do ano passado tinha recuado 1,8% face ao trimestre
imediatamente anterior.
A queda em cadeia entre janeiro e março "representa uma melhoria evidente face aos últimos trimestres", assinala a Católica.
A
universidade adverte contudo que o desempenho económico de Portugal
continua "muito dependente do comportamento da economia europeia, que
registou nova contração no início do ano".
Nas previsões da
primavera da Comissão Europeia, divulgadas a 03 de maio, era esperado
que a economia portuguesa recuasse 0,1% no primeiro trimestre de 2013
face ao quarto timestre de 2012 e 3,7% face a igual trimestre de 2012.
Em
ambos os casos, os dados revelados hoje na estimativa rápida do INE
revelaram-se ligeiramente piores do que as previsões da Comissão
Europeia.
Os dados divulgados pelo INE permitem ainda verificar
que a última vez que a economia teve um desempenho tão negativo ocorreu
no primeiro trimestre de 2009, com uma queda homóloga de 4,1%, sendo que
no conjunto desse ano, a economia nacional recuou 2,9%.
* Radiografia da crise
.
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