HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"
Cardeal Patriarca quer Igreja
menos burocrata e mais pastoral
O cardeal Patriarca
de Lisboa defendeu, esta segunda feira, em Fátima, que a Igreja deve
lutar contra a burocracia administrativa, dando primazia à vitalidade
pastoral, ou seja, reconduzi-la "à sua verdade e funcionalidade".
Referindo-se
às mudanças na Cúria romana, que o Papa Francisco deverá encetar em
breve, D. José Policarpo defendeu também alterações nas dioceses
portuguesas. "Também nas nossas estruturas diocesanas há muito que
mudar", assumiu o cardeal durante a abertura dos trabalhos da assembleia
plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que começou esta
segunda-feira em Fátima.
"No caso da Cúria Romana a sua reforma
tem de ser feita revalorizando a doutrina do Concílio Vaticano II sobre a
colegialidade dos Bispos e a justa autonomia das Igrejas particulares.
Esta reforma não pode ser feita a partir de erros e escândalos,
concentrados num tão falado relatório. Os erros são para corrigir, as
pessoas para converter", afirmou D. José Policarpo.
Para o
presidente da CEP "a Igreja será sempre o lugar da conversão e do
perdão". E evoca as palavras do Papa Francisco: Deus perdoa amando; só
não se abre ao perdão quem recusa o amor. E Deus perdoa sempre; nós é
que podemos cansar-nos de lhe pedir perdão".
Referindo-se às novas
realidades humanas, José Policarpo deixou ainda "recados" aos bispos
portugueses: "nada fica de fora do ensinamento da Igreja, mas é nosso
dever falar de todas as realidades, iluminando-as com essa vocação de
eternidade".
Segundo o presidente da CEP, os bispos podem "falar
de tudo", mas não o devem fazer "sem iluminar a realidade com a luz
pascal, que revela o verdadeiro sentido de todas as coisas".
A
situação das famílias e a ação pastoral da Igreja, são alguns dos
assuntos que vão dominar a assembleia plenária da CEP, que decorre até
quinta feira. Os bispos vão discutir uma carta pastoral intitulada "Dar
força à família em tempos de crise", e uma nota sobre o tema "Promover a
renovação da Pastoral da Igreja em Portugal".
* O sr. cardeal Patriarca pôs finalmente o dedo na ferida ao referir-se à verdade e funcionalidade da igreja, tínhamos reparado há muito que a igreja era disfuncional e mentirosa além de encobridora.
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