08/04/2013

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HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"

Cardeal Patriarca quer Igreja 
menos burocrata e mais pastoral

O cardeal Patriarca de Lisboa defendeu, esta segunda feira, em Fátima, que a Igreja deve lutar contra a burocracia administrativa, dando primazia à vitalidade pastoral, ou seja, reconduzi-la "à sua verdade e funcionalidade". 

Referindo-se às mudanças na Cúria romana, que o Papa Francisco deverá encetar em breve, D. José Policarpo defendeu também alterações nas dioceses portuguesas. "Também nas nossas estruturas diocesanas há muito que mudar", assumiu o cardeal durante a abertura dos trabalhos da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que começou esta segunda-feira em Fátima.
"No caso da Cúria Romana a sua reforma tem de ser feita revalorizando a doutrina do Concílio Vaticano II sobre a colegialidade dos Bispos e a justa autonomia das Igrejas particulares. Esta reforma não pode ser feita a partir de erros e escândalos, concentrados num tão falado relatório. Os erros são para corrigir, as pessoas para converter", afirmou D. José Policarpo.

Para o presidente da CEP "a Igreja será sempre o lugar da conversão e do perdão". E evoca as palavras do Papa Francisco: Deus perdoa amando; só não se abre ao perdão quem recusa o amor. E Deus perdoa sempre; nós é que podemos cansar-nos de lhe pedir perdão".

Referindo-se às novas realidades humanas, José Policarpo deixou ainda "recados" aos bispos portugueses: "nada fica de fora do ensinamento da Igreja, mas é nosso dever falar de todas as realidades, iluminando-as com essa vocação de eternidade".

Segundo o presidente da CEP, os bispos podem "falar de tudo", mas não o devem fazer "sem iluminar a realidade com a luz pascal, que revela o verdadeiro sentido de todas as coisas".
A situação das famílias e a ação pastoral da Igreja, são alguns dos assuntos que vão dominar a assembleia plenária da CEP, que decorre até quinta feira. Os bispos vão discutir uma carta pastoral intitulada "Dar força à família em tempos de crise", e uma nota sobre o tema "Promover a renovação da Pastoral da Igreja em Portugal".

* O sr. cardeal Patriarca pôs finalmente o dedo na ferida ao referir-se à verdade e funcionalidade  da igreja, tínhamos reparado há muito que a igreja era disfuncional e mentirosa além de encobridora.

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