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Crise europeia deixou um milhão no
. desemprego nos últimos seis meses
Organização Internacional do Trabalho pede mudança urgente na estratégia de austeridade seguida pelos governos europeus e apela a medidas de estímulo ao emprego
Nos últimos seis meses, um milhão de desempregados na Europa. As
contas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que está reunida
em Oslo nesta segunda-feira, mostram que desde a introdução das medidas
de austeridade, para tentar travar a crise económica e financeira, mais
de 26 milhões de europeus ficaram sem trabalho.
Depois de uma pausa entre
2010 e 2011 o desemprego não parou de aumentar e não dá sinais de
abrandamento. Apenas cinco dos 27 Estados-membros da União Europeia
registam níveis de emprego mais altos do que antes da crise (Áustria,
Alemanha, Hungria, Luxemburgo e Malta).
Pelo contrário, Chipre,
Grécia, Portugal e Espanha têm assistido a quebras de mais de três
pontos percentuais nos últimos dois anos. De acordo com a OIT, que
divulgou a análise esta segunda-feira, há agora mais 10 milhões de
desempregados na Europa do que havia no início da turbulência
financeira. Os mais jovens e os menos qualificados são os mais
afectados.
“O desemprego de longa duração está a tornar-se num
problema estrutural para muitos países europeus. Em 19, mais de 40% dos
desempregados são de longa duração, o que significa que estão sem
trabalho há 12 meses ou mais”, refere a OIT, em comunicado.
Apesar
de considerar que as metas orçamentais são importantes, a organização
culpa as medidas de austeridade e as reformas que não “atacam as raízes
da crise”. “Mudar para uma estratégia centrada no trabalho pode ser
benéfico para os objectivos macroeconómicos e laborais”, defende,
pedindo uma “mudança urgente”.
No encontro desta segunda-feira em
Oslo vão estar reunidos membros do governo, patrões e representantes dos
trabalhadores de mais de 51 países do continente europeu e da Ásia
central.
* A ideia inicial era ter uma União Europeia de índole social apoiada em alicerces de desenvolvimento sustentado, vieram os banqueiros e deram cabo de tudo, inventaram a pobreza e a corrupção.
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