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HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Católica prevê recessão de 2,4% em 2013
O gabinete de estudos de conjuntura da
Universidade Católica prevê que a recessão se situe em 2,4% em 2013 e
que a contracção da economia prossiga no próximo ano. A debilidade da
Zona Euro terá um papel crucial no desempenho de Portugal.
A economia portuguesa vai registar uma
contracção de 2,4% em 2013, de acordo com as previsões do núcleo de
estudos de conjuntura da Universidade Católica (NECEP). Esta projecção é
idêntica à que tinha sido divulgada pelo organismo na folha trimestral
de conjuntura relativa ao último trimestre do ano passado e é
ligeiramente mais pessimista do que a actual previsão do Governo, que
aponta para uma recessão de 2,3%.
Aquele desempenho, explica o NECEP, deve-se à debilidade da economia
da Zona Euro, reflectida nos mais recentes dados sobre o abrandamento
das exportações. Os economistas da Católica sublinham que a economia
nacional dependerá “crucialmente” da procura externa e, perante as
incertezas, alargaram o intervalo de evolução da actividade. Admitem,
agora, que a recessão poderá situar-se entre os valores negativos de
1,6%, no cenário mais optimista, e de 3,2%, no cenário mais pessimista.
Em 2014, a economia nacional não conseguirá, ainda,
sair da recessão. O NECEP prevê que se verifique uma contracção de 0,4%,
com um intervalo que se situará entre um crescimento 0,7% e uma
recessão mais grave de 1,5%. “A crise da dívida soberana na zona euro
afetará decisivamente a trajetória tendencial da economia portuguesa,
com reflexos na confiança dos agentes económicos nacionais e
internacionais, na evolução das exportações portuguesas e nas condições
de financiamento do Estado e das empresas”, escreve-se na síntese de
conjuntura.
O NECEP realça, também, a nível doméstico, “o
acréscimo de incerteza em torno da estratégia orçamental e da situação
política” e acrescenta que “a possibilidade de um recrudescimento das
tensões é significativa em ambos os casos”, o que conduz ao alerta de
que as “previsões do NECEP estão envoltas num grau de incerteza
invulgarmente elevado”.
Para o primeiro trimestre de 2013, o gabinete refere
que a contracção da economia terá sido de 0,1% em relação aos três meses
anteriores e de 3,7% quando a comparação é feita com o primeiro
trimestre de 2012. De Janeiro a Março passados, a taxa de desemprego
terá subido para 17,3%.
* No final do ano estaremos muito perto ou em cima dos 3%.
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