HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"
Paulo Campos acusa Governo
de ter "queimado" 197 milhões
de euros no túnel do Marão
O deputado
socialista Paulo Campos acusou, esta quarta-feira, o primeiro-ministro
de ter mentido sobre a construção do túnel ferroviário do Marão e
contrapôs que este Governo já "queimou" 197 milhões de euros nessa obra.
Paulo Campos, ex-secretário de Estado dos executivos
liderados por José Sócrates, falava na Assembleia da República, após
Pedro Passos Coelho ter acusado o anterior Governo de ter emitido um
despacho ruinoso sobre as condições em que o Estado assumia o pagamento
dessa obra da autoestrada entre o Porto e Vila Real.
Pedro Passos Coelho especificou mesmo que esse despacho foi
assinado pelos ex-secretários de Estado Costa Pina e Paulo Campos, o que
levou este último a solicitar o recurso à figura regimental da defesa
da honra.
Em declarações aos jornalistas, o deputado do PS Paulo
Campos acusou Pedro Passos Coelho de ter "mentido aos portugueses ao
atribuir responsabilidades a terceiros" sobre a polémica evolução da
obra do túnel do Marão.
"Tratou-se de uma fuga às próprias
responsabilidades do seu Governo. Durante estes últimos dois anos temos
uma obra parada e o Estado queimou 197 milhões de euros nessa obra por
exclusiva responsabilidade deste Governo", advogou.
Paulo Campos
defendeu depois que o anterior Governo "não deixou nenhum documento que
obrigasse o Estado a fazer o pagamento sem que antes estivesse executada
a condição que era o próprio Estado a assumir-se no papel de
concessionário, fazendo o resgate da concessão".
"Isso até ao momento não aconteceu", referiu o ex-secretário de Estado das Obras Públicas.
Paulo
Campos fez ainda uma crítica indireta ao atual secretário de Estado das
Obras Públicas, Sérgio Monteiro, dizendo que até hoje "foi escondida a
razão que explica que as obras do túnel do Marão estejam paradas."
"A
única razão que explica que o consórcio financiador não queira fazer o
financiamento é porque considera que são baixas as taxas de juro
contratadas com o Estado, e até ao momento o Estado não exigiu o
cumprimento integral desse contrato de financiamento. Curiosamente, quem
assinou esse contrato pelo lado dos privados é hoje o responsável por
exigir o contrato de financiamento pelo lado público, coisa que não o
faz até este momento", apontou.
* A megalomania de fachada de Socrates versus a megalomania de desculpabilização de Coelho, falta-lhe um bibe para regressar ao infantário.
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